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Retrospectiva 2021: confira as principais notícias de novembro

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Logo no primeiro dia do mês foi alcançado novo marco no combate à pandemia de covid-19: a média móvel de óbitos era a menor desde abril de 2020. Foram registrados 311,43 óbitos na média móvel de sete dias. No dia 15, o hospital referência do Rio de Janeiro no tratamento da covid-19 zerou as internações. No dia 22, as mortes diárias por covid-19, segundo a média móvel de sete dias, ficaram abaixo de 200.

No fim do mês, o mundo voltou ao cenário de incertezas com uma nova variante do vírus: a Ômicron. Vinda da África, a nova variante preocupa a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Auxílio Brasil

O governo anunciou que começaria a pagar o Auxílio Brasil em novembro deste ano. E no dia 11 o presidente Jair Bolsonaro editou um decreto que prevê que todas as famílias atendidas pelo Bolsa Família seriam migradas para o novo benefício automaticamente.

Importante para viabilizar o pagamento do novo auxílio, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios foi aprovada em primeiro turno pela Câmara dos Deputados no dia 4. De lá, a PEC seguiu para o Senado.

No dia 17, a Caixa começou o pagamento do Auxílio Brasil

Ouça na Radioagência Nacional:

Leilão do 5G

Comissão Especial de Licitação da Agência faz a abertura, análise e julgamento das propostas de preço das 15 empresas cadastradas do  leilão do espectro (banda) 5G, na sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em Brasília Comissão Especial de Licitação da Agência faz a abertura, análise e julgamento das propostas de preço das 15 empresas cadastradas do  leilão do espectro (banda) 5G, na sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em Brasília

Comissão Especial de Licitação da Agência faz a abertura, análise e julgamento das propostas de preço das 15 empresas cadastradas do leilão do espectro (banda) 5G, na sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em Brasília – José Cruz/Agência Brasil

O início do mês foi marcado por um leilão muito esperado: o a quinta geração de telefonia móvel, ou 5G. A faixa mais procurada foi arrematada, no dia 4, por Claro, Vivo e TIM. No total, o leilão arrecadou R$ 47 bilhões. O termo para concessão das frequências foi assinado no dia 7. De acordo com o Ministro das Comunicações, Fábio Faria, o leilão foi um dos processos licitatórios mais importantes do governo federal e o “maior certame de radiofrequências da América Latina”. 

Morte de Marília Mendonça

Caratinga/Acidente Marilia Mendonça Caratinga/Acidente Marilia Mendonça

Caratinga/Acidente Marilia Mendonça – Perfil oficial da Polícia Civil de Minas Gerais

No dia 5 deste mês o Brasil foi surpreendido pela morte da cantora sertaneja, Marília Mendonça e sua equipe foram vítimas de um acidente aéreo. O avião decolou de Goiânia com destino a Caratinga (MG) com cinco pessoas. Antes de cair, a aeronave teria colidido com a fiação elétrica da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).  O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão do Comando da Aeronáutica, foi acionado para investigar as causas do acidente. No sábado (6) foi realizado o velório da cantora, que contou com a presença de cerca de cem mil pessoas. O sepultamento ocorreu no fim da tarde do mesmo dia e foi apenas para familiares.

Ouça a playlist especial sobre Marília Mendonça

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Enem 2021

No dia 8, 29 funcionários do Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pediram exoneração ou dispensa do cargo em comissão ou função comissionada para os quais foram designados como titulares ou substitutos. Diante dessa situação, dúvidas se colocaram em relação à realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O presidente Jair Bolsonaro garantiu que o exame seria realizado com tranquilidade.

O Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a abrir um processo para analisar os problemas na gestão do Inep. A decisão foi pelo não afastamento do presidente do instituto, Danilo Dupas.

As provas do Enem ocorrem de forma tranquila tanto no primeiro quanto no segundo dia de provas. O resultado será divulgado em fevereiro.

Assista na TV Brasil:

Prisões

No dia 9, o deputado federal Daniel Silveira teve a prisão relaxada. Silveira estava preso desde fevereiro por ameaçar juízes do Supremo Tribunal Federal (STF).

Destino diferente teve Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, de 4 anos, morto em 8 março deste ano. O STF negou o pedido liminar de relaxamento de prisão preventiva dela.

Edição: Claudia Felczak

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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