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Cultura fluminense recebe mais de R$ 250 milhões de incentivo em 2021

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Mais de R$ 250 milhões foram investidos pelo governo fluminense na área da cultura, em 2021, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Sececrj), com intensificação de patrocínio a projetos no interior do estado.

O governador Claudio Castro observou que após o ano difícil de 2020, que paralisou diversas atividades em função da pandemia do novo coronavírus, investir na cultura, em 2021, “um dos segmentos que mais tem a cara do estado, foi um grande acerto do governo”. Afirmou que as ações puderam retornar aos poucos, “impulsionadas pelo avanço da vacinação”. “Por isso, o fomento à cultura se fez mais que necessário, principalmente no interior fluminense”. Castro disse que para 2022, os investimentos prosseguirão, “para que possamos dar continuidade às iniciativas culturais fluminenses”.

O trabalho foi norteado pela busca pela democratização do acesso aos recursos oferecidos pela secretaria, visando auxiliar o setor durante a retomada das ações no estado, destacou a secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros. Em 2020, 58% dos projetos foram realizados na capital e 42%, no interior. Em 2021, os números ficaram em 32% e 68% respectivamente, com o interior ultrapassando a capital.

Somente através da Lei de Incentivo à Cultura (LIC), foram patrocinados 94 projetos de diferentes segmentos, totalizando investimento em torno de R$140 milhões, alta de 41,4% em relação a 2020. Danielle Barros comemorou o fato de a Sececrj ter respeitado, de forma integral, o Sistema Estadual de Cultura, que indica o investimento de pelo menos 60% dos recursos da LIC no interior. “Esse objetivo só foi alcançado graças à dedicação de toda a equipe. Trabalhamos com muita transparência para universalizar o acesso à cultura no Rio de Janeiro”, afirmou a secretária.

Fomento

Foram realizadas cinco diferentes chamadas públicas através do Pacto Cultural RJ, premiando mais de quatro mil projetos em todas as regiões do estado, com investimento total de R$ 75 milhões. Fazem parte do cronograma editais inéditos dentro do Rio de Janeiro, ainda com inscrições abertas, como o Povos Tradicionais e o Cultura Inclusiva nas Redes.

Em novembro, foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica entre a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e a Sececrj para realização do Programa de Fortalecimento do Artesanato Fluminense. O programa garante R$15 milhões de investimento ao setor de artesanato, com foco no fomento local, empreendedorismo e marketing.

Para atender o setor carnavalesco, no início de 2021 foi lançado o Carnaval nas Redes RJ. O programa garantiu R$3,8 milhões por meio dos editais Não Deixa O Samba Morrer e Bloco Nas Redes RJ. As chamadas premiaram atividades carnavalescas na internet, entre as quais escolha de sambas-enredos e apresentações musicais de blocos de carnaval.

Para a população do interior, Danielle Barros informou que, através do projeto Cinema na Cidade, estão sendo construídos seis complexos audiovisuais em Cordeiro, Miracema, São Fidélis, São Pedro da Aldeia, Bom Jardim e Mendes, com valor total de R$ 25 milhões. O programa vai levar o cinema a municípios de pequeno e médio porte, entre 20 mil e 100 mil habitantes, que não têm salas comerciais.

Calendário

Os editais Povos Tradicionais Presentes RJ e Cultura Inclusiva Nas Redes ainda estão com inscrições abertas, que se encerrarão nos dias 4 e 17 deste mês, respectivamente. Para o primeiro edital, os investimentos alcançam R$ 6 milhões para projetos de manifestações culturais de povos tradicionais em todo estado do Rio; o segundo vai premiar 300 projetos de pessoas com deficiência, com investimento total de R$ 1,5 milhão.

Também com inscrições encerrando no dia 17 próximo, está o edital ExpoMIS – Cultura Educação e Memória, que prevê investimento de R$ 500 mil. O edital inédito do Museu da Imagem e do Som (MIS Rio) se divide em duas categorias, sendo a primeira voltada para a ocupação do mezanino do MIS Lapa e, a segunda, com projetos para circulação apoiados do acervo do Museu.

Já o Municipal Em Cena estabelece investimento de R$ 3,2 milhões para 40 projetos, com incentivo de 80 mil para cada um, para promover a ocupação artística do Theatro Municipal do Rio. As inscrições ficarão abertas até o dia 25. 

Edição: Valéria Aguiar

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome

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Insegurança alimentar e nutricional grave cai 11,4 pontos percentuais em 2023, numa projeção a partir de informações da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), divulgada pelo IBGE com base na PNAD Contínua

Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.

Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.

PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.

“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.

Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS 

Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.

A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.

SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.

 

Dados apontam a evolução da segurança alimentar no Brasil

 

NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.

BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.

MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.

PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.

ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017.  O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.

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