Nacional
Bienal do Livro lança de edital voltado para pessoas com deficiência
A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Sececrj) lançou hoje (3), na 20ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, o edital Cultura Inclusiva nas Redes, celebrando o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, comemorado nesta data.
O edital vai premiar 300 produções culturais com R$ 5 mil cada, totalizando investimento de R$ 1,5 milhão. A chamada pública integra o Pacto Cultural RJ, que vai assegurar, até o final deste ano, R$ 75 milhões de incentivo financeiro para a cultura do estado.
A secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, destacou que o lançamento de um edital histórico ocorreu “em uma casa tão histórica quanto, que é a Bienal. Nosso propósito é democratizar a cultura em todo o estado, então, nada mais justo do que lançar um edital que garanta mais oportunidades às pessoas com deficiência”, afirmou.
O edital Cultura Inclusiva nas Redes vai selecionar produções culturais nas áreas da música, dança, teatro, circo, audiovisual, leitura e literatura, museu e memória, patrimônio cultural, artes plásticas e visuais, moda e gastronomia. Para participar, os candidatos devem comprovar deficiência, ter mais de 18 anos, morar no estado do Rio de Janeiro e ter, pelo menos, um ano de atuação na área de cultura.
Durante toda a Bienal, que se estenderá até o dia 12 deste mês no Riocentro, zona Oeste do Rio, a Sececrj terá um estande próprio, batizado de Casa da Leitura e do Conhecimento, para prestigiar os fazedores de cultura de todo o estado.
O superintendente de Leitura e Conhecimento da Sececrj, Yke Leon, avaliou que essa será uma oportunidade para democratizar o acesso à cultura. “Construímos a programação do estande com uma proposta plural, para abranger todas as áreas da literatura. Será uma ótima oportunidade para abrir um canal de comunicação entre esses fazedores de cultura e o público como um todo”, disse.
Para acessar o espaço, será necessária a apresentação do comprovante de vacinação para maiores de 12 anos. Serão exigidos distanciamento entre os visitantes e uso de máscaras.
Programação
Neste primeiro dia de evento, a Casa da Leitura e do Conhecimento proporciona palestras, lançamentos de livros e contação de histórias para o público presente. Ao todo, serão quase 100 atrações durante os dez dias de programação, incluindo a participação do carnavalesco e cenógrafo Milton Cunha, que vai lançar o livro Viva e aproveite, amanhã (4).
No dia 12, encerrando as atrações do estande da Sececrj na Bienal, o ex-membro do Casseta e Planeta, humorista e cartunista Reinaldo Figueiredo, realiza o lançamento do livro Paradas Musicais, que reúne quadrinhos, cartuns e textos. A programação completa do estande da Sececrj pode ser conferida na internet.
Paixão de Ler
Também na Bienal, a prefeitura carioca terá uma arena, denominada Paixão de Ler, para receber artistas, pais, educadores, pesquisadores, estudiosos, contadores de histórias, mediadores de leitura e autores.
No espaço de cem metros quadrados, a Secretaria Municipal de Cultura vai promover a 29ª edição do festival Paixão de Ler, convidando nomes da literatura negra que tratam de identidades, representatividades e ancestralidade, entre outros elementos.
Com capacidade para até cem pessoas, o estande será ocupado também por ações das secretarias da Mulher, da Juventude e de Governo e Integridade Pública, que se alternam no período de funcionamento da Bienal, das 10h às 22h.
A Secretaria Políticas e Promoção da Mulher, por exemplo, vai promover diálogos entre gerações: escritoras e artistas negras griots dialogam sobre suas trajetórias de vidas e produções artísticas, com mediação de mulheres de novas gerações. A primeira mesa, amanhã (4), juntará no debate a artista e ativista trans Denise Thaina, e uma estudante trans da rede municipal de ensino.
Ao final de cada encontro, o público participará de uma dinâmica de escrita criativa para a produção de uma postagem em redes sociais sobre a realidade desejada para o futuro. Os cinco melhores do dia serão publicados nas redes da secretaria da Mulher.
Homenagem
O espaço Paixão de Ler terá dois horários fixos, de quinta a domingo (às 17h e 19h). Na solenidade de abertura, foi feita homenagem à escritora carioca Sonia Rosa, conhecida por sua literatura negro afetiva para crianças e jovens. Considerada uma das maiores referências nacionais em literatura negra, Sonia Rosa é autora de mais de 50 livros. O protagonismo negro é o principal foco da escritora em seus contos.
Depois da Bienal, o festival Paixão de Ler será levado para o Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), na Gamboa, entre os dias 16 e 19 de dezembro, com o tema Literatura infantojuvenil negra e narrativas antirracistas.
Serviço
A programação no espaço da prefeitura na Bienal é 100% gratuita e pode ser conferida pela internet.
As inscrições gratuitas foram abertas às 18h e poderão ser feitas pelo período de 45 dias, até as 18 horas do dia 17 de janeiro de 2022, exclusivamente pela internet, por meio da plataforma Desenvolve Cultura.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira
Ação Social
No primeiro ano de governo, 24,4 milhões deixam de passar fome
Cozinhas solidárias, programas de transferência de renda, retomada do crescimento e valorização do salário mínimo compõem a lista de ações que contribuem para a redução da fome no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
No Brasil, 24,4 milhões de pessoas deixaram a situação de fome em 2023. O número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar e nutricional grave passou de 33,1 milhões em 2022 (15,5% da população) para 8,7 milhões em 2023 (4,1%). Isso representa queda de 11,4 pontos percentuais numa projeção feita a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quinta-feira, 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
Na coletiva de imprensa para divulgação do estudo, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), avaliou que o avanço é resultado do esforço federal em retomar e reestruturar políticas de redução da fome e da pobreza. “O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é do presidente Lula”, disse.
Para o ministro, o grande desafio agora é incluir essas 8,7 milhões de pessoas que ainda estão em insegurança alimentar grave em políticas de transferência de renda e de acesso à alimentação. “Vamos fortalecer ainda mais a Busca Ativa”, completou Dias, em referência ao trabalho para identificar e incluir em programas sociais as pessoas que mais precisam.
PESQUISA — As informações divulgadas nesta quinta são referentes ao quarto trimestre do ano passado. Foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O ministro lembrou que o governo passado não deu condições ao IBGE para realizar a pesquisa. Por isso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou o EBIA com metodologia similar à do IBGE em 2022, quando o Brasil enfrentava a pandemia de Covid-19 e um cenário de desmonte de políticas, agravado por inflação de alimentos, desemprego, endividamento e ausência de estratégias de proteção social. Esse estudo chegou ao número de 33,1 milhões de pessoas em segurança alimentar grave na época.
A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, lembra que mesmo em comparação aos resultados de 2018, último ano em que o IBGE fez o levantamento formal, os números apresentados nesta quinta são positivos. À época havia 4,6% de domicílios em insegurança alimentar grave. Agora são 4,1%, o segundo melhor resultado em toda a série histórica do EBIA.
“Estamos falando de mais de 20 milhões de pessoas que hoje conseguem acesso à alimentação e estão livres da fome. Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que vem sendo empreendida pelo governo, que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda”.
Esses resultados mostram o acerto de uma estratégia de enfrentamento à fome que é apoiada tanto em programas sociais como na condução de uma política econômica que gera crescimento econômico, reduz desigualdades e gera acesso a emprego e renda” Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS
Valéria também destacou como ponto importante da estratégia de combate à fome a retomada da governança de segurança alimentar pelo Governo Federal, com garantia de participação social. “O presidente Lula e o ministro Wellington foram responsáveis pela retomada do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a restituição do Conselho de Segurança Alimentar e da Câmara de Segurança Alimentar, com 24 ministérios que têm a missão de articular políticas dessa área. E, no fim do ano passado, foi realizada a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional”, relatou.
A secretária nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, ressaltou o retorno da parceria do governo com o IBGE. “Depois do período da fila do osso, em que o Brasil viveu muita miséria e fome, uma das primeiras ações do MDS nessa nova gestão foi buscar o IBGE para retomar a parceria e medir a insegurança alimentar dos brasileiros”, recordou.
SUBINDO – A proporção de domicílios em segurança alimentar atingiu nível máximo em 2013, (77,4%), tempo em que o país deixou o Mapa da Fome, mas caiu em 2017-2018 (63,3%). Em 2023, subiu para 72,4%. “Após a tendência de aumento da segurança alimentar nos anos de 2004, 2009 e 2013, os dados obtidos em 2017-2018 foram marcados pela redução no predomínio de domicílios particulares que tinham acesso à alimentação adequada. Em 2023 aconteceu o contrário, ou seja, houve aumento da proporção de domicílios em segurança alimentar, assim como redução na proporção de todos os graus de insegurança alimentar”, explicou André Martins, analista da pesquisa.
NOVO BOLSA FAMÍLIA — Entre os fatores que contribuíram para o avanço apontado pela pesquisa do IBGE, está o novo Bolsa Família, lançado em março de 2023, que garante uma renda mínima de R$ 600 por domicílio. O programa incluiu em sua cesta o Benefício Primeira Infância, um adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos na composição familiar. O novo modelo, com foco na primeira infância, reduziu a 91,7% a pobreza nesta faixa etária. A nova versão do programa inclui, ainda, um adicional de R$ 50 para gestantes, mães em fase de amamentação e crianças de sete a 18 anos.
BPC – O ministro Wellington Dias também ressaltou a proteção social gerada pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para pessoas aposentadas, pensionistas e com deficiência em situação de vulnerabilidade social. “Vale mencionar que o efeito econômico da Previdência e do BPC foi potencializado pelo esforço administrativo de reduzir as filas de espera para acesso aos benefícios”, disse.
MERENDA – Outra política de combate à pobreza e à fome, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a 40 milhões de estudantes da rede pública em todo o país e foi reajustado em 2023, após cinco anos sem aumento.
PAA – O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um dos 80 programas e ações que compõem a estratégia do Plano Brasil Sem Fome. Ele assegura produção e renda aos agricultores familiares, com compra direta dos produtos para serem distribuídos na rede socioassistencial, de saúde, educação e outros equipamentos públicos. Com a participação de 24 ministérios, o Plano cria instrumentos para promover a alimentação saudável contra diversas formas de má nutrição.
ECONOMIA – No cenário macroeconômico, houve um crescimento do PIB de 2,9% e o IPCA calculado para o grupo de alimentos caiu de 11,6% em 2022 para 1,03% em 2023. É a menor taxa desde 2017. O mercado de trabalho ganhou força e a taxa de desemprego caiu de 9,6%, em 2022, para 7,8% no ano seguinte. A massa mensal de rendimento recebido de todos os trabalhadores alcançou R$ 295,6 bilhões, maior valor da série histórica da PNAD-C.
-
Cidades22/04/2024
Caiado fecha parceria com John Deere, em Catalão
-
Política22/04/2024
“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças
-
Saúde23/04/2024
Ipasgo Saúde implanta serviço de vacinação em domicílio
-
Saúde22/04/2024
Obras do Cora avançam e estão 50% concluídas
-
Educação22/04/2024
Mais de 253 mil pessoas já foram beneficiadas pelo Desenrola FIES em todo o Brasil
-
Economia25/04/2024
Governo de Goiás amplia benefício fiscal do álcool anidro
-
FAKE NEWS24/04/2024
Governo lança campanha Autonomia Com Direitos, voltada a motoristas de aplicativos
-
Nacional24/04/2024
Secom anuncia empresas vencedoras da licitação de comunicação digital do Governo