Saúde

Associações médicas lançam campanha contra o tabagismo

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Entidades de saúde lançaram hoje (26) a campanha Novos produtos, Velhos Problemas para marcar o dia 31 de maio, data em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu como Dia Mundial Sem Tabaco. A campanha não só reforça a necessidade de parar de fumar o tradicional cigarro, como alerta sobre os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), categoria que engloba os cigarros eletrônicos, de tabaco aquecido, vaporizadores e outros.

Segundo o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Eduardo Fernandes, é importante lembrar que as evidências até o momento indicam que o tabagismo oferece maior risco de agravamento para os pacientes da covid-19. “Isso certamente influencia as taxas de mortalidade por covid-19, portanto é um bom motivo para alertar as pessoas a pararem de fumar. Aproveite a pandemia para parar de fumar, porque muitos estão inclusive fumando mais neste período”. 

Fernandes ressalta que o tabagismo é uma doença crônica com repercussões sobre a saúde de modo geral e responsável por um alto índice de mortes. “Acredito até que seja subquantificado [o número de mortes], porque muitas doenças que têm outras causas de mortalidade, têm como um dos componentes etiopatogênicos o tabagismo. Estima-se que 8 milhões de pessoas morram no mundo por ano em função direta do fumo, incluindo os fumantes passivos, aqueles que compartilham o mesmo ambiente dos que fumam”, disse o presidente da AMB, César Eduardo Fernandes.

Para o vice-presidente da comissão de combate ao tabagismo da AMB, Ricardo Meirelles, é preciso que os médicos ajudem seus pacientes a pararem de fumar, fazendo com que todos se disponham a isso. “Sabemos da dificuldade que as pessoas têm em parar de fumar, porque é uma dependência química, causada pela nicotina que é uma droga pesada. Pelo menos 90% dos fumantes são dependentes da nicotina, por fatores emocionais e comportamentais”, afirmou.

De acordo com Meirelles, além de aumentar em duas a três vezes o risco de desenvolver uma forma mais grave da covid-19 devido à diminuição das defesas e aumento da inflamação pulmonar, maior risco de trombose e redução da oxigenação dos tecidos, os tabagistas podem desenvolver outras 55 doenças relacionadas ao fumo. “Falamos de uma grande pandemia que é o Sars-Cov-2, mas não podemos esquecer do 1,3 milhão de fumantes no mundo. Não existe nenhum órgão que não seja afetado diretamente pelas sete mil substâncias presentes no cigarro”, ressaltou.

A campanha é feita em parceria entre a AMB, a ACT Promoção da Saúde, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a Sociedade Brasileira de Pediatria, a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Fundação do Câncer.

Ouça na Radioagência Nacional:

Dispositivos eletrônicos para fumar

O presidente da Fundação do Câncer, Luiz Maltoni, citou ainda o fato de que no Brasil são 160 mil mortes por ano decorrentes do cigarro e que parte das complicações já pode ser atribuída ao uso dos chamados DEFs (dispositivos eletrônicos para fumar).  “O tema da campanha chama a atenção para novos produtos, velhos problemas porque ao longo dos anos estão mais do que comprovados cientificamente os malefícios do cigarro e a indústria do tabaco tem tentado colocar no mercado brasileiro os cigarros eletrônicos, ainda proibidos no país”. 

Maltoni destacou que o apelo da indústria do tabaco é muito grande para os jovens para captar dependentes o mais cedo. Por isso o tabagismo é considerado também uma doença pediátrica devido à média de idade de início do uso do cigarro:15 anos. 

“A indústria foca nisso e desenvolve esses cigarros eletrônicos com cara de pen drive, caneta etc exatamente como uma falsa proposta de que seria menos tóxico e poderia ser utilizado pela pessoa que quisesse parar de fumar. Sabemos que esses dispositivos tem concentração de nicotina maior do que o próprio cigarro convencional e produzem uma infinidade de substâncias tóxicas. São travestidos de sabores e aromas exatamente para atrair os jovens”, explicou.

De acordo com ele, já há pesquisas e trabalhos publicados que mostram que depois de 54 semanas de utilização de cigarro eletrônico houve desenvolvimento de câncer em 23% dos animais de laboratório e de uma porcentagem também alta de hiperplasia da bexiga, que é uma predisposição a tumor nesse órgão, também relacionado ao uso da nicotina. “Não são dispositivos inócuos, trazem dependência importantíssima, porque em segundos a nicotina chega ao sistema nervoso central”. 

Maltoni destacou que, apesar da dificuldade para parar de fumar e dos altos índices de reincidência, é preciso insistir e buscar o apoio da família e amigos. “Compartilhe com sua família e amigos esse desejo. Existe uma possibilidade de tratamento do próprio Sistema Único de Saúde (SUS) para quem quer parar. Em qualquer lugar do país é possível se informar pelo Disque Saúde 136 sobre as unidades de saúde que podem ofertar os métodos de ajuda”, ressaltou.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Saúde

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Ipasgo Saúde implanta serviço de vacinação em domicílio

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Beneficiários de Goiânia, Aparecida, Goianira, Trindade e Senador Canedo podem se imunizar contra H1N1 sem sair de casa e sem custo adicional

Beneficiários do Ipasgo Saúde agora contam com serviço de vacinação em domicílio. A ação de estreia, em parceria com o Laboratório Padrão, contempla a imunização tetravalente contra H1N1, que pode ser adquirida a R$ 70, valor exclusivo para titulares, dependentes e agregados da instituição que assiste a quase 600 mil pessoas no estado de Goiás.

A imunização domiciliar está disponível, sem qualquer custo adicional, na capital, Aparecida de Goiânia, Goianira, Trindade e Senador Canedo mediante agendamento prévio por meio do telefone 4020-9005. O desconto na aquisição da vacina contra Influenza e o serviço de aplicação também são ofertados nas unidades Sul, Marista, T-4 e Novo Horizonte, em Goiânia, além das cidades de Goianésia e Caldas Novas.

Para usufruir do benefício, extensivo a colaboradores do Ipasgo Saúde, diretos e terceirizados, bem como seus familiares (filho, cônjuge e pais), basta apresentar a carteirinha do beneficiário, crachá ou um documento de identificação que comprove o parentesco. “Essa nova parceria entre o Ipasgo Saúde e o Laboratório Padrão reforça o compromisso da nossa instituição em garantir o acesso à saúde preventiva de qualidade para os beneficiários, oferecendo não apenas descontos vantajosos, mas também comodidade e praticidade com o serviço de aplicação em casa”, avalia o presidente do Ipasgo Saúde, José Orlando Ribeiro Cardoso.

O desconto para beneficiários do Ipasgo Saúde é para aquisição da vacina tetravalente, que fortalece a imunização contra quatro subtipos: A (H3N2 e H1N1) e duas cepas da Influenza B. O imunizante se difere do ofertado pelo Ministério da Saúde (MS), que é trivalente, pois protege contra três cepas do vírus, sendo duas de influenza A e uma B.

Casos em Goiás
A vacina contra H1N1 comprovadamente reduz as chances de complicações respiratórias que podem evoluir para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) – uma condição que afeta principalmente o sistema respiratório, levando a sintomas como febre alta, tosse intensa, falta de ar e dificuldade respiratória. Até agora, Goiás registra sete óbitos e 97 casos de Srag provocada pelo Influenza.

Também conhecida como gripe, a doença responde por 4,54% dos mais de 2,1 mil registros e por 3,91% das mortes por Srag no estado este ano. Em 2023, 866 moradores de Goiás morreram em decorrência da Srag. Desses, 68 tiveram H1N1. Em todo Brasil, na comparação com o ano passado, os testes positivos para Influenza cresceram 63,3% entre os meses de janeiro e março. O cenário é tão preocupante que o Governo de Goiás antecipou para abril o calendário anual de vacinação.

A imunização contra a Influenza é especialmente recomendada para grupos vulneráveis, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com condições de saúde pré-existentes. No entanto, é uma medida benéfica para todas as faixas etárias, a partir dos seis meses de vida, contribuindo para a proteção individual e coletiva contra a propagação do vírus.

Fotos: Divulgação Ipasgo / Ipasgo Saúde – Governo de Goiás

 

 

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