Política

Alego deve apreciar em 2022 o veto integral a um dos projetos mais votados na ferramenta Opine Cidadão

Publicado

em


Um dos projetos de lei mais votados na ferramenta “Opine Cidadão”, do portal da Alego, e que foi aprovado pelos deputados em setembro de 2021, deve ter, com o retorno das votações em plenário em 2022, sua tramitação definida após análise do veto integral que recebeu do governador Ronaldo Caiado (DEM). Trata-se do projeto de lei nº 1515/19, de autoria do deputado estadual Karlos Cabral (PDT), que visa incluir os pais e irmãos solteiros de servidores públicos estaduais como dependentes do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo). 

Em tramitação desde março de 2019, a proposta bateu recorde de votos, com mais de 1,4 mil manifestações favoráveis. Conforme o texto do projeto, os pais de servidores filiados ao Ipasgo se inscreveriam como dependentes no plano, mediante pagamento de mensalidade individual indicada em tabela atuarial e descontada na conta corrente do titular, em valor correspondente à faixa etária e ao padrão de acomodação de internação.  

A proposta, de acordo com Karlos Cabral, atende dispositivo da Constituição Federal que remete aos pais o dever de cuidar dos filhos enquanto menores, e aos filhos maiores o dever de amparar os pais na sua velhice. Além disso, se baseia na Lei Federal 8.112, que determina que a família do servidor público tem direito a benefícios de seguridade social, como assistência à saúde.  

O deputado pontua que, seguindo o princípio da seguridade social, dentre os benefícios concedidos aos servidores públicos, a assistência à saúde deve ser estendida aos familiares do funcionalismo público. “Estender aos pais a possibilidade de serem incluídos no plano de usuários do Ipasgo como dependentes, sob responsabilidade do titular da matrícula, é reconhecer aos servidores estaduais o benefício que os servidores federais já o possuem”, completa Cabral. 

Ele reforça também que o apoio da população é extremamente importante para o andamento de pautas como essa no Legislativo. “Nosso trabalho no Parlamento goiano tem que ser baseado pela vontade popular. Toda manifestação repercute na Alego e, em grande parte, influencia no posicionamento dos deputados. Essa matéria do Ipasgo é de extrema relevância e contamos sempre com o apoio da população, em especial, dos servidores públicos”, completa. 

A matéria é uma reapresentação do parlamentar, já que em 2018, depois de ampla discussão com a sociedade e aprovação na Casa, um projeto de mesmo teor foi vetado pelo ex-governador José Eliton (PSDB). Na época, os deputados mantiveram o veto do Governo. “No mandato passado tínhamos conseguido a aprovação na Alego, depois de um amplo debate com os servidores e o Ipasgo, mas o Governo não compreendeu a necessidade do ajuste na lei, que, como provado por números, não causa nenhum prejuízo de ordem financeira à instituição. Por isso, ouvindo o anseio dos servidores reapresentei a matéria na Alego”, reforça o parlamentar. 

O veto desta vez foi protocolado na Alego sob o nº 7844/21 e em sua justificativa, Ronaldo Caiado expõe que, após ter consultado a Procuradoria-Geral do Estado, o foi recomendado o veto jurídico total, em razão da proposta instituir obrigações a serem cumpridas de imediato. Além disso, segundo é esclarecido no texto do veto, o Ipasgo evidenciou que a proposta, se fosse sancionada, implicaria no risco do não cumprimento da responsabilidade fiscal ainda no ano de 2021, argumento reiterado pela Secretaria de Estado da Economia. 

O instituto indicou, ainda, o desequilíbrio imediato entre as despesas e a arrecadação do sistema assistencial, além da readequação dos cálculos e a majoração das mensalidades dos usuários. O Ipasgo alertou também para o significativo aumento da demanda pela utilização dos serviços. 

Comentários do Facebook

Política

“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

Publicados

em

Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA