Economia
Venda de produtos de consumo em supermercados cresce 1,9% em novembro
O consumo de produtos do setor supermercadista nos lares brasileiros cresceu 1,97% em novembro de 2021, na comparação com outubro. Na comparação com novembro de 2020, houve alta de 4,43% e, no acumulado de janeiro a novembro, de 2,88%. Os dados foram divulgados hoje (13) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Segundo o vice-presidente Institucional da Abras, Marcio Milan, o crescimento de novembro ante o mesmo mês do ano anterior deve ser analisado pensando nas restrições existentes naquele período. “Havia uma restrição muito grande, diferente deste ano em que tivemos a economia e o comércio totalmente abertos, a volta ao normal do trabalho das pessoas, além do saldo positivo na empregabilidade.”
Milan disse que também contribuíram para o aumento do consumo no setor as ações promocionais dos supermercados em novembro, a diversidade de marcas como alternativas para os consumidores de menor poder aquisitivo e o pagamento do 13º terceiro aos trabalhadores assalariados.
Restrições pela covid-19
Mesmo com o anúncio de medidas restritivas por causa do aumento dos casos de influenza e covid-19 , feito ontem pelo governo paulista, o setor não tem intenção de implantar ações para reduzir o movimento de pessoas nos supermercados, disse o dirigente da Abras. “Até porque fomos o primeiro segmento da economia a estabelecer seus protocolos, que, ao longo do tempo, foram se aprimorando.”
De acordo com Milan, a orientação neste momento é que todas as lojas reforcem os cuidados com os consumidores, principalmente onde há mais contato, como nas áreas onde ficam as cestinhas e os carrinhos, intensificando a limpeza. Além disso, ele recomenda que continue a vigilância constante sobre o uso de máscaras de proteção, a oferta de álcool gel para limpeza das mãos e o respeito às marcações delimitadas na frente de caixas e áreas de serviço para que mantenha o distanciamento entre as pessoas.
Cesta Abrasmercado
Conforme boletim mensal do setor, a cesta Abrasmercado, composta por 35 produtos de largo consumo, teve discreto recuo (-0,32%) em novembro, na comparação com outubro e fechou o mês em R$ 697,80. Na comparação com novembro de 2020, o indicador cresceu 13,1%.
Os itens que mais subiram de outubro para novembro foram cebola (25,2%), extrato de tomate (22,3%), café torrado e moído (10,0%), biscoito de maisena (6,5%) e sabão em pó (5,8%). Os que tiveram maior queda de preço foram carne dianteiro (-4,6%), queijo muçarela (-3,1%), leite longa vida (-2,7%), batata (-2,6%) e queijo prato (-2,1%).
Entre as localidades que registraram maior queda no preço dos produtos da cesta em novembro, estão Brasília (-3,0%), Grande Porto Alegre (- 0,95%), interior do Rio Grande do Sul (-0,75%), Grande Rio de Janeiro (-0,70) e Grande Belo Horizonte (- 0,38). As maiores altas ocorreram em Natal (2,96%), Curitiba (2,61%), Fortaleza (1,79%), Goiânia e João Pessoa (1,39%).
Edição: Nádia Franco
Economia
Caiado propõe indexação da dívida dos estados a IPCA mais 1%
Encontro de governadores e representantes de cincos estados com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, em Brasília, resulta em acordo para apresentação de proposta de reajuste no IPCA ao Ministério da Fazenda
O governador Ronaldo Caiado apresentou nesta segunda-feira (15/04) propostas para renegociação das dívidas dos estados, com foco na indexação. A reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em Brasília, contou com a participação de governadores e representantes de outros quatro estados. No encontro ficou acordado que os governadores vão propor ao Ministério da Fazenda a correção das dívidas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 1% ao ano.
“O que nós estamos pedindo são indexadores justos e uma renegociação também para que haja flexibilização no teto de investimento e não sejamos engessados, como está hoje a maioria dos estados brasileiros”, pontuou Caiado ao final do encontro.
O indexador da dívida atualmente é o CAM que, somado a mais 4% de juros ao ano, dá a taxa Selic de 11% ao ano. Já a proposta apresentada pelo gestor goiano, em parceria com os governadores Cláudio Castro (RJ), Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema, (MG), além do vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, visa a redução do indexador para IPCA mais 1% ao ano, tornando o índice mais vantajoso para a correção dos valores devidos pelos estados à União, possibilitando o investimento em outras áreas.
Ronaldo Caiado ressaltou que dívidas acrescidas por indexadores extorsivos inviabilizam o investimento nos estados. “O parcelamento da dívida chega a percentuais que impossibilitam investir em infraestrutura. Os entes federativos estão imobilizados devido a essas correções das dívidas que chegam a níveis estratosféricos, não restando nada para que os governos possam atender à necessidade de crescimento”, disse.
“Temos que exigir responsabilidade fiscal dos estados, mas também ficar bloqueado com teto de gastos e com esse indexador, com a dívida sendo reajustada nessa proporção, nos inviabiliza de caminhar”, finalizou o governador de Goiás.
A proposta discutida com o presidente do Senado prevê que os estados menos endividados poderão obter acesso a novas operações de crédito. Os que cumprirem todos os compromissos estabelecidos terão reduções de juros permanentes até o prazo final da vigência dos contratos aditivados. Ficam afastados também todos os limites e condições para a realização de operação de crédito ou para a contratação com a União nas celebrações de acordo.
O texto destaca que os estados que apresentarem boa capacidade de pagamento terão tratamento prioritário e célere quanto às análises e avaliações dos pleitos de operação de crédito. Outro item acrescenta pelo menos 50% do PIB ao teto, e exclui as despesas de saúde e educação da limitação de crescimento prevista em Regimes de Recuperação ou de Reequilíbrio Fiscal dos Estados e do Distrito Federal.
O Ministério da Fazenda deve apresentar um projeto até a próxima semana. Entretanto, o presidente do Senado convocou os governadores para ouvir suas sugestões e apresentar seus pontos de vista. Caiado ressaltou que Pacheco deve encaminhar uma proposta que seja compatível com o crescimento dos estados em breve.
Segurança
Durante o almoço, o Chefe do Executivo goiano discutiu também a possibilidade de uma contrapartida financeira às UFs por ações de segurança pública. “Estamos diante de uma luta contra a criminalidade em que assumimos o trabalho sozinhos”, argumentou Caiado, ao lembrar que os estados combatem diretamente crimes federais e não recebem compensação pela atuação das forças policiais. Além disso, os governadores colocaram em pauta a possibilidade de federalização de ativos dos estados.
Fotos: Cristiano Borges / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás
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