Economia

Turismo nacional cresce 43,5% em março, aponta FecomercioSP

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O turismo nacional faturou R$ 15,4 bilhões em março deste ano, o que representa alta de 43,5% ou R$ 4,8 bilhões, em termos monetários, na comparação ao mesmo período de 2021. Os dados são do levantamento do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

A entidade avalia que o setor se aproxima dos patamares anteriores à pandemia, ainda que os números sejam 7,1% inferiores quando comparados a março de 2019.

O crescimento neste ano foi impulsionado, principalmente, pelo setor aéreo, que faturou R$ 4,4 bilhões, ou seja, aumento de 113,5% em um ano, apontou a FecomercioSP. Já na comparação com 2019, o segmento teve faturamento 3,8% menor.

“Quatro fatores contribuíram para o crescimento do transporte aéreo no mês, dentre eles, maior contenção da variante Ômicron, demanda reprimida na pandemia, dias de carnaval no início do mês e redução quase total das restrições e do uso de máscaras. Além destes fatores, a alta do querosene de aviação influenciou o aumento no faturamento, ao fazer os preços das passagens subirem na segunda quinzena de março”, disse a FecomercioSP.

Os serviços de alojamento e alimentação cresceram 57,7%, registrando faturamento de R$ 4,45 bilhões. E as atividades culturais, recreativas e esportivas cresceram 33,2%, chegando a R$ 1,25 bilhão.

A entidade avalia que os mesmos fatores que influenciaram o setor aéreo também impactaram o transporte terrestre, que faturou R$ 2,7 bilhões (alta de 11,1%), superando em 9,3% o nível registrado em março de 2019. A previsão da FecomercioSP é que o aumento das passagens aéreas deve continuar incentivando a procura por viagens via ônibus interestaduais.

As atividades de locação de meios de transporte, agência de turismo, operadoras e outros serviços tiveram alta anual de 4,5%, com faturamento de R$ 2,54 bilhões. O desempenho do grupo está 3% abaixo do nível de março de 2019.

O transporte aquaviário faturou R$ 41,4 bilhões, uma queda de 1,6% na comparação anual. Segundo a federação, a baixa está relacionada à base de comparação, já que o setor apresentou desempenho favorável durante a pandemia, superando em 25,2% o nível anterior à crise sanitária.

Edição: Fernando Fraga

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Economia

Caiado propõe indexação da dívida dos estados a IPCA mais 1%

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Encontro de governadores e representantes de cincos estados com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, em Brasília, resulta em acordo para apresentação de proposta de reajuste no IPCA ao Ministério da Fazenda

O governador Ronaldo Caiado apresentou nesta segunda-feira (15/04) propostas para renegociação das dívidas dos estados, com foco na indexação. A reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em Brasília, contou com a participação de governadores e representantes de outros quatro estados. No encontro ficou acordado que os governadores vão propor ao Ministério da Fazenda a correção das dívidas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 1% ao ano.

“O que nós estamos pedindo são indexadores justos e uma renegociação também para que haja flexibilização no teto de investimento e não sejamos engessados, como está hoje a maioria dos estados brasileiros”, pontuou Caiado ao final do encontro.

O indexador da dívida atualmente é o CAM que, somado a mais 4% de juros ao ano, dá a taxa Selic de 11% ao ano. Já a proposta apresentada pelo gestor goiano, em parceria com os governadores Cláudio Castro (RJ), Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema, (MG), além do vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, visa a redução do indexador para IPCA mais 1% ao ano, tornando o índice mais vantajoso para a correção dos valores devidos pelos estados à União, possibilitando o investimento em outras áreas.

Ronaldo Caiado ressaltou que dívidas acrescidas por indexadores extorsivos inviabilizam o investimento nos estados. “O parcelamento da dívida chega a percentuais que impossibilitam investir em infraestrutura. Os entes federativos estão imobilizados devido a essas correções das dívidas que chegam a níveis estratosféricos, não restando nada para que os governos possam atender à necessidade de crescimento”, disse.

Governador Ronaldo Caiado, se reúne com Rodrigo Pacheco, em Brasília, para apresentar proposta de indexação de dívida dos estados

Governador Ronaldo Caiado, se reúne com Rodrigo Pacheco, em Brasília, para apresentar proposta de indexação de dívida dos estados

“Temos que exigir responsabilidade fiscal dos estados, mas também ficar bloqueado com teto de gastos e com esse indexador, com a dívida sendo reajustada nessa proporção, nos inviabiliza de caminhar”, finalizou o governador de Goiás.

A proposta discutida com o presidente do Senado prevê que os estados menos endividados poderão obter acesso a novas operações de crédito. Os que cumprirem todos os compromissos estabelecidos terão reduções de juros permanentes até o prazo final da vigência dos contratos aditivados. Ficam afastados também todos os limites e condições para a realização de operação de crédito ou para a contratação com a União nas celebrações de acordo.

O texto destaca que os estados que apresentarem boa capacidade de pagamento terão tratamento prioritário e célere quanto às análises e avaliações dos pleitos de operação de crédito. Outro item acrescenta pelo menos 50% do PIB ao teto, e exclui as despesas de saúde e educação da limitação de crescimento prevista em Regimes de Recuperação ou de Reequilíbrio Fiscal dos Estados e do Distrito Federal.

O Ministério da Fazenda deve apresentar um projeto até a próxima semana. Entretanto, o presidente do Senado convocou os governadores para ouvir suas sugestões e apresentar seus pontos de vista. Caiado ressaltou que Pacheco deve encaminhar uma proposta que seja compatível com o crescimento dos estados em breve.

Segurança
Durante o almoço, o Chefe do Executivo goiano discutiu também a possibilidade de uma contrapartida financeira às UFs por ações de segurança pública. “Estamos diante de uma luta contra a criminalidade em que assumimos o trabalho sozinhos”, argumentou Caiado, ao lembrar que os estados combatem diretamente crimes federais e não recebem compensação pela atuação das forças policiais. Além disso, os governadores colocaram em pauta a possibilidade de federalização de ativos dos estados.

Fotos: Cristiano Borges / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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