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Tecnologia dobra eficácia de missões das forças policiais

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Aliada do cotidiano moderno, a tecnologia também é aplicada nos serviços prestados pelas forças de segurança pública do Governo do Distrito Federal (GDF). Equipamentos como drones, robôs, aplicativos ou sistemas de informação garantem a modernização dos atendimentos e um melhor serviço prestado à população.

O Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) possui atualmente uma dezena de drones que reforçam as missões de resgate e controle de incêndios em áreas florestais | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Alguns exemplos de utilização de aparatos tecnológicos podem ser vistos no trabalho dos drones e robôs mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF); dos drones e etilômetros passivos do Departamento de Trânsito (Detran-DF); e dos sistemas e aplicativo da Polícia Militar (PMDF).

O apoio aéreo dos drones também auxilia os agentes do Detran-DF em diversas atividades relacionadas ao controle do tráfego

De acordo com as forças de segurança pública, a aplicação da tecnologia em serviços antes 100% analógicos pode representar uma eficácia de 50% no tempo em missões de resgate e um aumento na mesma proporção de autuações em fiscalizações, por exemplo.

Incêndios e trânsito

O Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) possui atualmente uma dezena de drones que reforçam as missões de resgate e controle de incêndios em áreas florestais. Os equipamentos possuem alcance de enlace com o piloto, variando entre oito e dez quilômetros de distância, e voam a uma altura de até seis mil metros, além de poderem ser equipados com câmeras térmicas com zoom óptico, holofotes, alto falante e farol strobo.

Presentes desde 2018 na corporação, os drones são essenciais para a eficácia das missões, como explica o major Vinícius Santos Silva, integrante do Grupamento de Aviação Operacional do CBMDF. “Em casos de busca, os drones nos ajudam a reduzir a área que a equipe em solo precisa percorrer para encontrar uma pessoa. Já em incêndios florestais, o combate se torna mais efetivo com a utilização das câmeras térmicas, que identificam áreas onde ainda há focos ativos.”

O apoio aéreo dos drones também auxilia os agentes do Detran-DF em diversas atividades relacionadas ao controle do tráfego, de acordo com o diretor de Policiamento de Trânsito do Detran-DF, Glauber Peixoto. “Nós o utilizamos para fazer imagens em locais de fluxo intenso de veículos, como no centro de Taguatinga, e também nas filas de vacinação para a covid-19, para sabermos a quantidade de veículos”, esclarece.

O Detran-DF ganhou o reforço de 30 etilômetros passivos, que conseguem flagrar partículas de álcool no ambiente, principalmente nos fechados, como no interior de um veículo

Auxílio embaixo d’água

Os bombeiros também contam com a ajuda da tecnologia na forma de dois robôs, que ajudam em missões aquáticas de busca e resgate. Foi com a ajuda de um desses equipamentos que a corporação conseguiu encontrar o corpo do advogado Carlos Eduardo Marano, de 41 anos, em agosto do ano passado, após ele ter caído de uma embarcação.

Atualmente a corporação possui dois robôs, um mergulhador e um sonar. O primeiro é um modelo “rover”, controlado remotamente por meio de um joystick (parecido com um de videogame) e que captura imagens de alta resolução. O outro é um sonar, mas que para ser utilizado embaixo d’água precisa de uma embarcação para puxá-lo por meio de um cabo, que serve tanto de guia quanto de transmissor de dados.

O segundo-tenente Ramon Lauton Andrade, do Grupamento de Busca e Salvamento do CBMDF, conta como o trabalho dos robôs auxilia o trabalho das equipes na água. “Usamos eles quando estamos em uma fase mais avançada da busca. Primeiro entram os mergulhadores e, se eles não conseguem achar o que está sendo buscado, aí utilizamos o sonar ou o robô, dependendo da missão. Precisamos ter uma coordenada, uma noção de onde pode estar para refinar a busca”, ressalta.

Eficácia na fiscalização

As fiscalizações da lei seca ganharam um reforço tecnológico: são 30 etilômetros passivos, equipamentos adquiridos pelo Detran-DF no fim do ano passado e que servem para fazer uma triagem no momento da abordagem dos condutores. Eles conseguem flagrar partículas de álcool no ambiente, principalmente nos fechados, como no interior de um veículo.

“Com a utilização dele, dá pra saber rapidamente se houve consumo de álcool e aí o motorista é direcionado para o teste no etilômetro ativo, o bafômetro”, explica o diretor de Policiamento de Trânsito do Detran-DF. Além da triagem, o aparelho aumenta a eficácia das operações.

“Normalmente, realizamos 30 autuações quando não usamos o etilômetro passivo em uma operação de duas horas. Agora, ao mesmo tempo, conseguimos dobrar a quantidade de flagrantes de condutores”, finaliza Peixoto.

Conheça outras tecnologias aplicadas à segurança pública no DF

> Sistema Tetra de radiocomunicação
A rede de comunicação, considerada entre as mais modernas do mundo, proporciona uma interlocução digital e segura em praticamente todo o território do DF. Ela é utilizada pela PMDF e, de forma compartilhada, pela Casa Militar do GDF e pelo sistema penitenciário. Um convênio com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-DF) está sendo celebrado e o CBMDF iniciou avaliação para utilizar o sistema.

> Sistema de videomonitoramento
As unidades da PMDF estão interligadas ao sistema de monitoramento por circuito fechado de televisão (CFTV) da Secretaria de Segurança Pública, que permite a visualização em tempo real de câmeras localizadas nas diversas cidades do DF, auxiliando as ações de polícia militar ostensiva.

> Aplicativos de policiamento comunitário
O policiamento comunitário utiliza algumas ferramentas tecnológicas, como redes sociais e aplicativos próprios, para reforçar os laços com a comunidade na atividade preventiva de segurança pública. Os apps, desenvolvidos pela PMDF em parceria com a comunidade, já estão em uso na Asa Sul, Asa Norte e Lago Norte e garantem comunicação rápida entre a população e a polícia.

Fonte: Governo DF

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Wellington Dias: “13 milhões a menos no Mapa da Fome mostra o tamanho da nossa responsabilidade”

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Entrevistado do “Bom dia, Ministro” nesta quarta-feira, ministro do Desenvolvimento Social celebrou a conquista apontada por estudo realizado pelo Instituto Fome Zero

 A união entre políticas sociais, melhorias em indicadores econômicos e a estabilidade política conquistada pela nova gestão contribuíram, de forma interligada, para que 13 milhões de pessoas deixassem de passar fome em 2023. O diagnóstico, com base no resultado de um estudo do Instituto Fome Zero, é do ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), e foi expresso durante o Bom Dia, ministro. A conversa com radialistas de todo o país ocorreu nesta quarta, 13/3.

Poder comemorar que já foi dado um passo grande com 13 milhões a menos no Mapa da Fome mostra o tamanho da nossa responsabilidade. Vamos seguir trabalhando para alcançar outros que ainda não chegamos lá” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

“O presidente Lula lançou novamente várias políticas: o novo Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), volta a alimentação escolar, volta o aumento real do salário mínimo, caiu a inflação, caíram os juros, passou a cuidar das pessoas que estavam endividadas, veio Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Tudo isso resultou numa orquestra positiva que comemoramos hoje. Historicamente, é a maior queda na história, você tirar, num ano de arrumação da casa, 13 milhões de pessoas do Mapa da Fome”, afirmou Wellington.

Os dados do Instituto Fome Zero indicam ainda que em 2023, 20 milhões de pessoas no país deixaram de sofrer de insegurança alimentar moderada.  “Quando a gente fala ‘fome grave’ é a que mata. Quando a gente pega a fome como um todo, incluindo moderada, foram 20 milhões que saíram em 2023 do Mapa da Fome. Poder comemorar que já foi dado um passo grande com 13 milhões a menos no Mapa da Fome mostra o tamanho da nossa responsabilidade. Vamos seguir trabalhando para alcançar outros que ainda não chegamos lá”, destacou o ministro.

Durante uma hora de conversa, o ministro abordou ainda outros temas, como o Novo Bolsa Família. Ele destacou que o programa não atua só na transferência de renda, pois garante acesso à saúde, educação, ao Minha Casa, Minha Vida e a um conjunto grande de programas, como Auxílio Gás, o Benefício de Prestação Continuada. “É uma porta que abre condições para vários programas.”

O ministro também explicou sobre a busca ativa, uma série de medidas para a inclusão de quem ainda não está no Bolsa Família e precisa estar. “Qualquer pessoa pode ajudar. Se encontrar alguém pedindo dinheiro, que está passando fome, é perguntar e orientar se já está no Cadastro Único No Centro de Referência Social faz o cadastramento e, a partir dali, abrem-se portas para aquela pessoa,” explica o ministro.

O “Bom Dia, Ministro” é realizado pela Secretaria de Comunicação Social (SECOM) da Presidência da República em parceria com a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). As rádios que participaram do programa desta quarta-feira foram:  Rádio BandNews, Porto Alegre/RS; Rádio Nacional, Rio de Janeiro/RJ; Rádio O Tempo, Belo Horizonte/MG; Rádio Verdes Mares, Fortaleza/CE; Rádio Sociedade, Salvador/BA; Rádio Pioneira, Teresina/PI; Rádio Meio Norte FM, Palmas/TO; Rádio Roraima, Boa Vista/RR; e a Rádio Meio Norte, Teresina/PI.

Confira os principais trechos das respostas de Wellington Dias:

TRANSFERÊNCIA DE RENDA: O Bolsa Família não é só a transferência de renda, não é só o complemento alimentar. É um conjunto de ações para promoção da dignidade. Alcançar solução para os problemas que as pessoas têm. Queremos trabalhar independentemente de partido, de disputa política. A fome não tem partido. Muita gente que chegou à classe média, muitas pessoas piorou de vida nessa desorganização do país, a pandemia. E a gente quer fazer essa reconstrução.

REGRA DE PROTEÇÃO: De um lado, a gente quer alcançar a quem ainda não chegamos e já alcançamos mais de 10 milhões de brasileiros e brasileiras que têm o direito. Quem não tem o direito, não tem jeito e sai. Outras pessoas a gente analisa bem, porque às vezes você tem aquela que está na linha da divisa. Quem está abaixo de R$ 706 está no CadÚnico. Entrou no Bolsa Família e assinou a carteira, de primeiro perdia o Bolsa Família só porque assinou a carteira. Agora não. A gente mede a renda. Tem família, por exemplo, de sete pessoas. Eu divido o salário mínimo que ela passou a ganhar por sete pessoas, dá abaixo de R$ 218. Então, ela recebe o Bolsa Família e o salário. Se outra pessoa da família arranjar um emprego e vai para R$ 400 per capita naquela família, tá acima de R$ 218 mas está abaixo de R$ 706. Ela não sai do programa. Recebe os dois salários e metade do Bolsa Família. É o que a gente chama de Regra de Proteção. No ano passado, 9 milhões de pessoas do Bolsa Família assinaram carteira de trabalho. O negócio é que a pessoa possa ser apoiada para poder ter um emprego, seu negócio e sair da pobreza.

NOVA CESTA BÁSICA: Além de cuidar de pessoas com desnutrição, cuidamos também da obesidade, que tem a ver com uma comida de má qualidade. Queremos comida saudável. Liberamos no ano passado R$ 1,5 bilhão para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), neste ano também vamos seguir. São cerca de R$ 23 bilhões, integrando municípios, estados e o Governo Federal na alimentação escolar. Agora as escolas, os hospitais, as Forças Armadas compram alimentos da agricultura familiar, alimento saudável. Esse caminho é prioridade.

CRAS e Rede SUAS: O Centro de Referência da Assistência Social, que tem em todos os municípios, garante a condição de acessar o CadÚnico. Tem o 121 que é uma ligação livre do MDS. Você pode ligar para o 121 e pedir para que a gente possa acionar as equipes para chegar às pessoas. No Brasil inteiro o CRAS Móvel é um veículo todo equipado com toda tecnologia que vai onde as pessoas estão. Estamos trabalhando indo além da rede, temos 12 mil unidades equipes, que é a Rede SUAS. Ali tem o cadastrador, o assistente social, e a gente tem que homenagear essas pessoas que saem de casa, vão lá na floresta, na população ribeirinha, na periferia, onde ninguém chega, abordar aquela população de rua.

DIGNIDADE: O que o ministério quer trabalhar é tirar o Brasil do Mapa da Fome, fazer isso com redução da pobreza e levar o máximo de pessoas para a classe média, o que a gente chama de promoção da dignidade. Não é só comida e não é só renda. Não tem moradia? Como é que se resolve a moradia? Onde mora não tem energia, não tem internet, não tem água, não tem acesso à saúde, à educação. É uma orquestra que tem 36 programas direto para esse público.

ECONOMIA: Nós tivemos no ano passado um processo de reconstrução. O Brasil planejou não só a produção de alimentos, mas a nova indústria, o Programa de Aceleração do Crescimento, programas de investimentos na educação, na saúde, mas também a atração de investimentos privados. Eu digo que 2024 vai ser um ano melhor que 2023. Nós vamos ter em 2024 um crescimento econômico maior do que foi em 2023. E é isso que coloca o país com equilíbrio de contas.

QUALIFICAÇÃO: Nós vamos dar a mão para que as pessoas saiam da pobreza. A estimativa que a gente tem é que, com o crescimento que o Brasil está, no ano passado tivemos já 6 milhões de pessoas que ultrapassaram a linha da pobreza, já não estão mais no Bolsa Família porque cresceu a renda. Neste ano, a economia deve crescer novamente na casa de 3%. Isso vai significar saldo positivo de emprego. Nós qualificamos focados no CadÚnico e Bolsa Família para que essas pessoas possam trabalhar em vários lugares, numa parceria com a Amazon estamos qualificando pessoas para esse novo mundo digital do desenvolvimento tecnológico. São 500 mil pessoas que a gente vai qualificar até o próximo ano. Tudo isso para tirar as pessoas da pobreza, para que ela consiga uma alternativa que não depende de transferência de renda.

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