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Rio de Janeiro registra abertura recorde de 72.894 empresas no estado

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A Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja) registrou a abertura de 72.894 empresas no território fluminense, em 2021. O número é recorde histórico nos 208 anos de existência da autarquia, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais.

O resultado revela aumento de 35% em relação ao número de empresas abertas em 2020 (53.883) e de 23% em comparação a 2019 (58.908), ano anterior à pandemia da covid-19. A maior parte das 72.894 novas empresas é do setor de serviços, destacando tecnologia da informação (TI), gastronomia e vestuário para venda no comércio.

O presidente da Jucerja, Sérgio Romay, disse hoje (4) à Agência Brasil que o resultado reflete uma soma de fatores. “Depois da pandemia, muita gente perdeu seus empregos. Alguns decidiram ser empreendedores. O próprio Estado tem ajudado muito, através da Agência Estadual de Fomento (AgeRio) e alguns empresários optaram por fazer seus investimentos e partir para uma carreira de empreendedor”.

 Ainda de acordo com Romay, outro aspecto que contribuiu para o aumento de novos negócios é que o governo tem recuperado o estado economicamente.

“Com isso, a atração de investimento tem se materializado. Aqui na Jucerja, nós recebemos muitas empresas que saíram do Rio e estão voltando, porque os índices de criminalidade, de acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), estão caindo; porque a vacinação no Rio de Janeiro funcionou. É uma série de fatores que tem favorecido a atração de investimento no Rio de Janeiro”, disse.

Para o governador Cláudio Castro, o recorde “é mais uma prova da retomada do crescimento do estado. O Rio de Janeiro vive um novo momento. A recuperação econômica é hoje uma realidade em todo o território fluminense”.

Sérgio Romay revelou que o número de empresas que fecharam as portas no ano passado chegou a 27.644, se mantendo estável: “o número de empresas que fecharam se manteve no mesmo patamar dos dois últimos anos”. Em 2020, foram extintos 27.367 negócios e em 2019, 27.159.

Agilidade

Sérgio Romay informou que a Jucerja tem aberto empresas no prazo de 40 minutos. “É facilidade total para os empreendedores. Quem dá entrada nos documentos, no dia seguinte já sai com o alvará, com licença ambiental do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), com a licença da Vigilância Sanitária e do Corpo de Bombeiros, sai com inscrição estadual, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da Receita Federal. São facilidades que nós temos dado aos empresários, até por orientação do governador. Ele quer estender o tapete vermelho a todos aqueles que queiram investir no estado do Rio de Janeiro”.

A média de tempo de abertura de uma empresa também melhorou em relação à do ano anterior e segue dentro da meta estabelecida pelo governo fluminense, de até duas horas. Em 2021, a média ficou em 40 minutos, um minuto a menos do que em 2020.

Alvará Automatizado

A Jucerja também fechou o ano de 2021 com mais 15 municípios integrados ao Alvará Automatizado, totalizando 68 cidades com o convênio. A ferramenta ajuda empresários a já sair da junta comercial com todas as licenças, desburocratizando e simplificando os entraves para o empreendedor.

O objetivo da Jucerja é levar o Alvará Automatizado para os 24 municípios fluminenses restantes, de modo a cobrir todas os 92 cidades do estado. Para isso, Romay informou que as prefeituras devem assinar o termo de cooperação com a junta comercial.

Edição: Denise Griesinger

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Caiado propõe indexação da dívida dos estados a IPCA mais 1%

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Encontro de governadores e representantes de cincos estados com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, em Brasília, resulta em acordo para apresentação de proposta de reajuste no IPCA ao Ministério da Fazenda

O governador Ronaldo Caiado apresentou nesta segunda-feira (15/04) propostas para renegociação das dívidas dos estados, com foco na indexação. A reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em Brasília, contou com a participação de governadores e representantes de outros quatro estados. No encontro ficou acordado que os governadores vão propor ao Ministério da Fazenda a correção das dívidas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 1% ao ano.

“O que nós estamos pedindo são indexadores justos e uma renegociação também para que haja flexibilização no teto de investimento e não sejamos engessados, como está hoje a maioria dos estados brasileiros”, pontuou Caiado ao final do encontro.

O indexador da dívida atualmente é o CAM que, somado a mais 4% de juros ao ano, dá a taxa Selic de 11% ao ano. Já a proposta apresentada pelo gestor goiano, em parceria com os governadores Cláudio Castro (RJ), Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema, (MG), além do vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, visa a redução do indexador para IPCA mais 1% ao ano, tornando o índice mais vantajoso para a correção dos valores devidos pelos estados à União, possibilitando o investimento em outras áreas.

Ronaldo Caiado ressaltou que dívidas acrescidas por indexadores extorsivos inviabilizam o investimento nos estados. “O parcelamento da dívida chega a percentuais que impossibilitam investir em infraestrutura. Os entes federativos estão imobilizados devido a essas correções das dívidas que chegam a níveis estratosféricos, não restando nada para que os governos possam atender à necessidade de crescimento”, disse.

Governador Ronaldo Caiado, se reúne com Rodrigo Pacheco, em Brasília, para apresentar proposta de indexação de dívida dos estados

Governador Ronaldo Caiado, se reúne com Rodrigo Pacheco, em Brasília, para apresentar proposta de indexação de dívida dos estados

“Temos que exigir responsabilidade fiscal dos estados, mas também ficar bloqueado com teto de gastos e com esse indexador, com a dívida sendo reajustada nessa proporção, nos inviabiliza de caminhar”, finalizou o governador de Goiás.

A proposta discutida com o presidente do Senado prevê que os estados menos endividados poderão obter acesso a novas operações de crédito. Os que cumprirem todos os compromissos estabelecidos terão reduções de juros permanentes até o prazo final da vigência dos contratos aditivados. Ficam afastados também todos os limites e condições para a realização de operação de crédito ou para a contratação com a União nas celebrações de acordo.

O texto destaca que os estados que apresentarem boa capacidade de pagamento terão tratamento prioritário e célere quanto às análises e avaliações dos pleitos de operação de crédito. Outro item acrescenta pelo menos 50% do PIB ao teto, e exclui as despesas de saúde e educação da limitação de crescimento prevista em Regimes de Recuperação ou de Reequilíbrio Fiscal dos Estados e do Distrito Federal.

O Ministério da Fazenda deve apresentar um projeto até a próxima semana. Entretanto, o presidente do Senado convocou os governadores para ouvir suas sugestões e apresentar seus pontos de vista. Caiado ressaltou que Pacheco deve encaminhar uma proposta que seja compatível com o crescimento dos estados em breve.

Segurança
Durante o almoço, o Chefe do Executivo goiano discutiu também a possibilidade de uma contrapartida financeira às UFs por ações de segurança pública. “Estamos diante de uma luta contra a criminalidade em que assumimos o trabalho sozinhos”, argumentou Caiado, ao lembrar que os estados combatem diretamente crimes federais e não recebem compensação pela atuação das forças policiais. Além disso, os governadores colocaram em pauta a possibilidade de federalização de ativos dos estados.

Fotos: Cristiano Borges / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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