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Projeto garante autonomia feminina por meio da gastronomia

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A Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) está oferecendo 192 vagas para as interessadas em participar dos cursos do projeto Mão na Massa. As inscrições já estão abertas e as aulas começam no dia 21 de fevereiro. A iniciativa, parceria da SMDF com o Senai, disponibiliza formação em bolos caseiros, bombons e trufas, pizzas e esfirras e técnicas de confeitaria.

A secretária da Mulher, Ericka Filippelli, e presidente do BRB, Paulo Henrique Costa: parceria para promover a autonomia financeira de mulheres | Fotos: Divulgação/SM-DF

A secretária da Mulher, Ericka Filippelli, destaca que o enriquecimento da mulher significa o enriquecimento de toda a família. O Mão na Massa formou até agora 144 mulheres das 336 vagas oferecidas inicialmente. “A autonomia econômica é um eixo estratégico e, por isso, trabalhamos para reforçar a importância de se investir em mulheres”, diz.

“Quando oferecemos às mulheres a possibilidade de terem autonomia econômica, damos-lhes o direito de escolha. O enriquecimento da mulher é o enriquecimento de uma família”Ericka Felippelli, secretária da Mulher

Uma das parcerias da SMDF no programa Mão na Massa é o Instituto BRB, por meio da Rede Sou Mais Mulher. “O objetivo é capacitar mulheres nas áreas de gastronomia, sendo que algumas delas estão em situação de vulnerabilidade”, explica a secretária.

De acordo com Ericka Filippelli, é mais que um curso. “Quando oferecemos às mulheres a possibilidade de elas terem autonomia econômica, damos-lhes o direito de escolha. O enriquecimento da mulher é o enriquecimento de uma família. Não estamos apenas garantindo o sustento delas, mas o desenvolvimento da família e da nação”, explicou.

A coordenadora do projeto na SMDF, Gisela Rocha, explica que para participar do Mão na Massa a interessada precisa preencher o cadastro do programa Empreende Mais Mulher. “A partir do cadastro, a mulher é direcionada para o projeto escolhido.” Os cursos oferecidos foram escolhidos pelo Instituto BRB e pelo Senai.

Mas não basta se identificar com o curso para conseguir a vaga. É preciso ter espírito empreendedor, querer ser comerciante. “No formulário que é preenchido é perguntado: o que a candidata à vaga pretende fazer após o Mão na Massa? Qual a sua intenção ao fazer o curso? 90% das mulheres que procuram os cursos querem empreender”, disse Gisela.

144mulheres já foram formadas pelo Mão na Massa, das 336 vagas oferecidas inicialmente

As aulas, que começam em fevereiro, terão carga horária mínima de 42 horas e máxima de 150 horas, a depender do curso escolhido pela aluna. Cada turma será composta por 12 mulheres. Em uma primeira triagem, a SMDF escolherá 20 candidatas para participar da seleção final.

As que não forem escolhidas para compor as turmas farão parte de uma lista de espera. A escolha para participar dos cursos é feita com base nos perfis das candidatas e na capacidade de se tornarem empreendedoras. Para isso, são usados os formulários respondidos pelas aspirantes às vagas.

Antes do início das aulas há um encontro preparatório com explanação do projeto e, ao final das aulas, as participantes fazem o curso Realize, composto por três encontros, que acontecem no Espaço Empreende Mais Mulher, em Taguatinga, ministrado por pedagogos e psicólogas da SMDF.

“Eu estava apenas esperando para morrer. Com as aulas, nasci de novo. Fui muito bem recebida, me senti apoiada”Emiliana Santana de Alencar, participante do projeto

A intenção do Realize é treinar as habilidades socioemocionais das futuras empreendedoras. “O objetivo não é oferecer mais um curso de bolos, é dar uma ferramenta para essa mulher”, frisou Gisela. O Realize é um diferencial oferecido pelo projeto.

O projeto Mão na Massa é resultado de acordo de cooperação entre a SMDF e o Instituto BRB, destinado a oferecer cursos para mulheres em situação de vulnerabilidade. A iniciativa é parte de outro projeto, o Rede Sou + Mulher, que visa promover o empreendedorismo e a autonomia econômica das mulheres.

Para subsidiar as ações voltadas ao público feminino, o BRB Card apoia e doa parte dos recursos gerados pela distribuição do cartão de crédito Mulher, um dos produtos do banco. Os valores destinados ao projeto são 20% da anuidade e 0,25% das taxas pagas ao banco pelos adquirentes do cartão. Assim, quanto mais o cliente usa o cartão, maior é o volume aportado ao projeto.

“Nasci de novo”

Emiliana Santana de Alencar, de 53 anos, que participou do Mão na Massa no ano passado, diz que o curso a trouxe de volta à vida: “Eu estava apenas esperando para morrer. Com as aulas, nasci de novo. Fui muito bem recebida, me senti apoiada”, explica. Ela destaca como fundamental para sua mudança as palestras do Realize.

Emiliana perdeu cinco parentes vítimas da covid no ano passado, entre eles a mãe. Desempregada há quatro anos, disse que quando iniciou o curso estava completamente sem vontade de viver. Ela conheceu o projeto por meio de um grupo de WhatsApp da comunidade onde mora, no setor de chácaras Monte Alto, em Goiás, próximo a Brazlândia.

Fonte: Governo DF

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Wellington Dias: “13 milhões a menos no Mapa da Fome mostra o tamanho da nossa responsabilidade”

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Entrevistado do “Bom dia, Ministro” nesta quarta-feira, ministro do Desenvolvimento Social celebrou a conquista apontada por estudo realizado pelo Instituto Fome Zero

 A união entre políticas sociais, melhorias em indicadores econômicos e a estabilidade política conquistada pela nova gestão contribuíram, de forma interligada, para que 13 milhões de pessoas deixassem de passar fome em 2023. O diagnóstico, com base no resultado de um estudo do Instituto Fome Zero, é do ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), e foi expresso durante o Bom Dia, ministro. A conversa com radialistas de todo o país ocorreu nesta quarta, 13/3.

Poder comemorar que já foi dado um passo grande com 13 milhões a menos no Mapa da Fome mostra o tamanho da nossa responsabilidade. Vamos seguir trabalhando para alcançar outros que ainda não chegamos lá” Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

“O presidente Lula lançou novamente várias políticas: o novo Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), volta a alimentação escolar, volta o aumento real do salário mínimo, caiu a inflação, caíram os juros, passou a cuidar das pessoas que estavam endividadas, veio Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Tudo isso resultou numa orquestra positiva que comemoramos hoje. Historicamente, é a maior queda na história, você tirar, num ano de arrumação da casa, 13 milhões de pessoas do Mapa da Fome”, afirmou Wellington.

Os dados do Instituto Fome Zero indicam ainda que em 2023, 20 milhões de pessoas no país deixaram de sofrer de insegurança alimentar moderada.  “Quando a gente fala ‘fome grave’ é a que mata. Quando a gente pega a fome como um todo, incluindo moderada, foram 20 milhões que saíram em 2023 do Mapa da Fome. Poder comemorar que já foi dado um passo grande com 13 milhões a menos no Mapa da Fome mostra o tamanho da nossa responsabilidade. Vamos seguir trabalhando para alcançar outros que ainda não chegamos lá”, destacou o ministro.

Durante uma hora de conversa, o ministro abordou ainda outros temas, como o Novo Bolsa Família. Ele destacou que o programa não atua só na transferência de renda, pois garante acesso à saúde, educação, ao Minha Casa, Minha Vida e a um conjunto grande de programas, como Auxílio Gás, o Benefício de Prestação Continuada. “É uma porta que abre condições para vários programas.”

O ministro também explicou sobre a busca ativa, uma série de medidas para a inclusão de quem ainda não está no Bolsa Família e precisa estar. “Qualquer pessoa pode ajudar. Se encontrar alguém pedindo dinheiro, que está passando fome, é perguntar e orientar se já está no Cadastro Único No Centro de Referência Social faz o cadastramento e, a partir dali, abrem-se portas para aquela pessoa,” explica o ministro.

O “Bom Dia, Ministro” é realizado pela Secretaria de Comunicação Social (SECOM) da Presidência da República em parceria com a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). As rádios que participaram do programa desta quarta-feira foram:  Rádio BandNews, Porto Alegre/RS; Rádio Nacional, Rio de Janeiro/RJ; Rádio O Tempo, Belo Horizonte/MG; Rádio Verdes Mares, Fortaleza/CE; Rádio Sociedade, Salvador/BA; Rádio Pioneira, Teresina/PI; Rádio Meio Norte FM, Palmas/TO; Rádio Roraima, Boa Vista/RR; e a Rádio Meio Norte, Teresina/PI.

Confira os principais trechos das respostas de Wellington Dias:

TRANSFERÊNCIA DE RENDA: O Bolsa Família não é só a transferência de renda, não é só o complemento alimentar. É um conjunto de ações para promoção da dignidade. Alcançar solução para os problemas que as pessoas têm. Queremos trabalhar independentemente de partido, de disputa política. A fome não tem partido. Muita gente que chegou à classe média, muitas pessoas piorou de vida nessa desorganização do país, a pandemia. E a gente quer fazer essa reconstrução.

REGRA DE PROTEÇÃO: De um lado, a gente quer alcançar a quem ainda não chegamos e já alcançamos mais de 10 milhões de brasileiros e brasileiras que têm o direito. Quem não tem o direito, não tem jeito e sai. Outras pessoas a gente analisa bem, porque às vezes você tem aquela que está na linha da divisa. Quem está abaixo de R$ 706 está no CadÚnico. Entrou no Bolsa Família e assinou a carteira, de primeiro perdia o Bolsa Família só porque assinou a carteira. Agora não. A gente mede a renda. Tem família, por exemplo, de sete pessoas. Eu divido o salário mínimo que ela passou a ganhar por sete pessoas, dá abaixo de R$ 218. Então, ela recebe o Bolsa Família e o salário. Se outra pessoa da família arranjar um emprego e vai para R$ 400 per capita naquela família, tá acima de R$ 218 mas está abaixo de R$ 706. Ela não sai do programa. Recebe os dois salários e metade do Bolsa Família. É o que a gente chama de Regra de Proteção. No ano passado, 9 milhões de pessoas do Bolsa Família assinaram carteira de trabalho. O negócio é que a pessoa possa ser apoiada para poder ter um emprego, seu negócio e sair da pobreza.

NOVA CESTA BÁSICA: Além de cuidar de pessoas com desnutrição, cuidamos também da obesidade, que tem a ver com uma comida de má qualidade. Queremos comida saudável. Liberamos no ano passado R$ 1,5 bilhão para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), neste ano também vamos seguir. São cerca de R$ 23 bilhões, integrando municípios, estados e o Governo Federal na alimentação escolar. Agora as escolas, os hospitais, as Forças Armadas compram alimentos da agricultura familiar, alimento saudável. Esse caminho é prioridade.

CRAS e Rede SUAS: O Centro de Referência da Assistência Social, que tem em todos os municípios, garante a condição de acessar o CadÚnico. Tem o 121 que é uma ligação livre do MDS. Você pode ligar para o 121 e pedir para que a gente possa acionar as equipes para chegar às pessoas. No Brasil inteiro o CRAS Móvel é um veículo todo equipado com toda tecnologia que vai onde as pessoas estão. Estamos trabalhando indo além da rede, temos 12 mil unidades equipes, que é a Rede SUAS. Ali tem o cadastrador, o assistente social, e a gente tem que homenagear essas pessoas que saem de casa, vão lá na floresta, na população ribeirinha, na periferia, onde ninguém chega, abordar aquela população de rua.

DIGNIDADE: O que o ministério quer trabalhar é tirar o Brasil do Mapa da Fome, fazer isso com redução da pobreza e levar o máximo de pessoas para a classe média, o que a gente chama de promoção da dignidade. Não é só comida e não é só renda. Não tem moradia? Como é que se resolve a moradia? Onde mora não tem energia, não tem internet, não tem água, não tem acesso à saúde, à educação. É uma orquestra que tem 36 programas direto para esse público.

ECONOMIA: Nós tivemos no ano passado um processo de reconstrução. O Brasil planejou não só a produção de alimentos, mas a nova indústria, o Programa de Aceleração do Crescimento, programas de investimentos na educação, na saúde, mas também a atração de investimentos privados. Eu digo que 2024 vai ser um ano melhor que 2023. Nós vamos ter em 2024 um crescimento econômico maior do que foi em 2023. E é isso que coloca o país com equilíbrio de contas.

QUALIFICAÇÃO: Nós vamos dar a mão para que as pessoas saiam da pobreza. A estimativa que a gente tem é que, com o crescimento que o Brasil está, no ano passado tivemos já 6 milhões de pessoas que ultrapassaram a linha da pobreza, já não estão mais no Bolsa Família porque cresceu a renda. Neste ano, a economia deve crescer novamente na casa de 3%. Isso vai significar saldo positivo de emprego. Nós qualificamos focados no CadÚnico e Bolsa Família para que essas pessoas possam trabalhar em vários lugares, numa parceria com a Amazon estamos qualificando pessoas para esse novo mundo digital do desenvolvimento tecnológico. São 500 mil pessoas que a gente vai qualificar até o próximo ano. Tudo isso para tirar as pessoas da pobreza, para que ela consiga uma alternativa que não depende de transferência de renda.

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