Minas Gerais

Programa de Fomento Rural completa dez anos de ajuda a famílias mais vulneráveis

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Em junho, o Programa de Fomento Rural, originalmente nomeado como Brasil sem Miséria, completa dez anos de existência. A iniciativa tem sido uma importante política pública de ajuda às famílias rurais em situação de vulnerabilidade social. Desde sua implementação em Minas Gerais, mais de 25 mil famílias já foram atendidas por meio de financiamento de pequenos projetos produtivos.

O programa tem como objetivo a inclusão social e produtiva de famílias que vivem em situação de extrema pobreza no meio rural, com renda mensal per capita de até R$ 89. Os beneficiários recebem fomento no valor de R$ 2,4 mil, dividido em duas parcelas, para execução de projetos produtivos, como implantação de hortas, criação de pequenos animais e outras ações.

Em 2020, 925 famílias mineiras foram beneficiadas, com investimento total de cerca de R$ 2,1 milhões. O trabalho para executar o programa federal envolve articulação entre Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), e União. Os beneficiários recebem, ainda, apoio técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) para viabilizar acesso aos recursos financeiros e executar seus projetos.

Lucilene Aparecida Lopes, de Cajuri, na Zona da Mata, é uma das produtoras atendidas pelo programa. Em 2018, ela usou os recursos do Fomento Rural na construção de um galinheiro móvel, o que ajudou muito a família. Segundo Lucilene, animais como lobo-guará e onça comiam as galinhas, que ficavam soltas no sítio, localizado perto de uma mata. Com as aves protegidas, ela agora consegue ter boa renda com a venda de ovos. “A gente tem muita encomenda de ovos. Não estamos nem dando conta de atender tantos pedidos. E é um dinheirinho extra muito abençoado”, relata.

Para conseguir o dinheiro e executar o projeto, Lucilene foi auxiliada pela equipe local da Emater-MG. Na época, os técnicos da empresa faziam reuniões mensais com o grupo de mulheres na comunidade da Capivara, distrito de Cajuri, além de visitas às propriedades. A extensionista da Emater, Jaqueline Soares Barbosa, reforça que o trabalho com as mulheres rurais tem gerado ótimos resultados. 

“O recurso, quando é gerido pela mulher, acaba ficando com o foco na família, na alimentação e no vestuário. Além disso, é possível notar uma melhoria na autoestima, tanto da mulher como dos filhos, que acabam se envolvendo no desenvolvimento e na implementação do projeto”, explica Jaqueline.

O filho de Lucilene, Maílson Andrade, assumiu as finanças da venda de ovos, além de ajudar na entrega dos produtos. “Com a suspensão das aulas presenciais na pandemia, os professores e funcionários da escola passaram a me mandar mensagens no WhatsApp, fazendo encomendas de ovos e galinhas. E, nesse boca a boca, as vendas foram sempre aumentando”, comenta Maílson.

A produtora Mariana Gracianini, de Cajuri, também montou um galinheiro e comprou uma máquina de costura para fazer diversas peças de artesanato. Os retalhos usados na criação de tapetes são doações de confecções de Ervália, um município vizinho. O trabalho abriu uma nova fonte de renda e ainda tem ajudado Mariana a superar a depressão. “O que me salva é o artesanato. Vou de um lado, vou de outro. Tento fazer crochê, tapetes e com o programa eu consegui comprar a máquina, que me ajudou a ter uma renda”, conta a artesã.

Aumento da pobreza na pandemia

No Brasil, há cerca de 14 milhões de famílias abaixo da linha de pobreza. Somente no meio rural em Minas, existem aproximadamente 410 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social. O coordenador técnico da Emater-MG, Thiago Carvalho, destaca que o programa de Fomento Rural é de grande importância para o país, principalmente neste momento de pandemia, em que milhares de pessoas perderam renda.

“Com as atividades implantadas com os recursos do programa, as famílias conseguem produzir o próprio alimento. Isso garante segurança alimentar e ainda gera uma renda extra para os agricultores beneficiados”, diz. Thiago Carvalho lembra ainda que a inflação elevou os preços, deixando o valor do financiamento defasado. 

A estratégia a ser adotada pelos técnicos da empresa pública mineira será fazer projetos coletivos. “Ao invés de usar o benefício na execução de projetos individuais, queremos fomentar projetos em grupo. Com a compra coletiva, os produtores conseguem mais poder de negociação e fazer mais com o recurso do programa”, explica o coordenador técnico da Emater-MG.

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Minas Gerais

Alunos voltam às aulas presenciais em 85 escolas de Minas Gerais

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Nesta segunda-feira (21/6), 85 escolas em 16 municípios retomaram as atividades presenciais no modelo híbrido desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG). A semana marca importante passo nas atividades da rede estadual, após quase um ano e meio de ensino remoto.

Com toda segurança e cuidado com a comunidade escolar, foram aplicados os protocolos sanitários, definidos pelo Comitê Extraordinário Covid-19 e Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), e implementado um checklist nas unidades de ensino para garantir que todos estejam e se sintam seguros neste momento.

A retomada está sendo feita, nesta semana, em escolas de municípios localizados nas ondas amarela e/ou verde do Plano Minas Consciente, e nos quais as prefeituras não apresentaram nenhuma restrição.

Além disso, a participação dos estudantes nas atividades presenciais é facultativa às famílias. Nos casos em que os pais ou responsáveis optarem por não liberar o aluno para o ensino presencial, será mantido o regime totalmente remoto, para garantir a continuidade dos estudos. O estudante que optar por permanecer com suas atividades de forma remota, continuará desenvolvendo suas atividades sem prejuízos.

Alegria pelo retorno

Na Escola Estadual Eleonora Nunes Pereira, em Itabira, a manhã foi de recepção aos alunos e comemoração pelo reencontro. Juliana Luciana Santos, mãe do aluno Davi Emmanuel Santos, destaca o acolhimento e segurança do cumprimento dos protocolos para confiar seu filho à escola. “É uma satisfação imensa ver o sorriso no rosto do meu filho, de estar de volta à escola. Conhecer os novos amigos, a professora, a escola de forma geral”, destaca.

Ainda de acordo com Juliana, perceber o trabalho para deixar o ambiente seguro a deixou tranquila. “Pude perceber os cuidados, a segurança que a escola está nos fornecendo e eu me senti muito feliz com esse cuidado com o público. Não só com as crianças; a gente pode notar, eles passam essa segurança pra gente e pudemos ver isso”, pontua.
 

SEE / Reprodução

Empolgada, a diretora da unidade de ensino, Rosilene Simone de Carvalho, recepcionou pais e alunos na entrada da escola. Emocionada com o momento, ela faz um chamado para quem ainda não pôde voltar às aulas. “Estamos preparados para receber a comunidade escolar como um todo e ter nossos alunos de volta. Portões estão abertos esperando todos os estudantes”, ressalta.  

Segurança dos protocolos

Em Morro do Pilar, a felicidade em poder voltar ao convívio escolar não foi diferente. Na porta da Escola Estadual Cardeal Mota, os alunos foram recebidos com muita alegria e, desde o momento da chegada, já começaram a ter contato com os protocolos estabelecidos para a segurança sanitária. 

A vida voltando aos corredores e salas de aula das escolas, com a presença dos alunos, é muito importante, mas ainda não foi possível em todos os municípios e regiões de Minas. Todo o processo de retomada está sendo feito de forma planejada, segura e gradual, respeitando os protocolos sanitários e as evoluções das ondas do plano Minas Consciente, que monitora os índices epidemiológicos no estado. Assim, é fundamental que as famílias fiquem atentas às comunicações feitas pelas escolas para que recebam todas as orientações necessárias. Em caso de dúvidas, o contato com o gestor escolar é de extrema importância para esclarecimentos de todas as informações.

Para que o retorno aconteça com toda segurança, todas as escolas estaduais passaram por um checklist criterioso, validado pelo diretor da escola e pelo inspetor escolar, para aplicação dos protocolos sanitários, com adequações no ambiente e disponibilização dos equipamentos de proteção e produtos de higiene e limpeza. Tudo foi feito com muito cuidado para proporcionar à comunidade escolar um ambiente seguro.

Para confirmar em qual onda do Plano Minas Consciente seu município está, acesse www.mg.gov.br/minasconsciente

Ondas

Sempre que algum município for classificado na onda amarela ou verde, podendo ser consideradas também as microrregiões, será possível a retomada das atividades presenciais, desde que não exista nenhum decreto municipal de impedimento.

Havendo disponibilidade, o retorno sempre se dará primeiramente com o acolhimento dos professores e profissionais nas escolas em uma semana e, na semana seguinte, com a volta dos alunos. Essa dinâmica gradual e alternada – de acolhimento primeiramente dos profissionais e na outra semana dos alunos – deve prevalecer para a retomada em cada unidade de ensino. Por isso, é importante que as famílias mantenham sempre o contato com a direção da escola para acompanharem as informações.

A retomada das atividades escolares presenciais começa a partir dos anos iniciais do ensino fundamental, nível de ensino com estudantes em fase de alfabetização e com maior necessidade de apoio presencial para o processo de aprendizagem e para a criação de vínculos com as escolas e os professores. No ensino híbrido, haverá alternância entre o atendimento presencial e o remoto.

Nesta semana de 21 a 25/6, por exemplo, os alunos participam das atividades pedagógicas presenciais; na semana seguinte, as unidades de ensino não terão atividades presenciais e os professores farão o atendimento pelo aplicativo Conexão Escola. Já na outra semana, as atividades voltam a ser presenciais – e assim por diante.

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