Saúde

Produção de vacinas da Fiocruz deverá beneficiar outros países

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) trabalha para que sua produção de vacinas contra covid-19 possa atender futuramente a demanda de outros países, além do Brasil. A instituição científica vinculada ao Ministério da Saúde é responsável pela fabricação da Covishield, um dos imunizantes que já estão sendo aplicados em massa na população brasileira, seguindo os critérios do Programa Nacional de Imunização (PNI). Pesquisas que já estão em andamento podem levar ao desenvolvimento de outras quatro vacinas.

“Além de atender o nosso país, teremos certamente a capacidade para apoiar o esforço global com relação à proteção de todos frente à pandemia. Este deve ser um objetivo a ser perseguido naturalmente após atender as necessidades do nosso país”, disse hoje (3) a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, durante a abertura do 5º Simpósio Internacional de Imunobiológicos. Organizado pela instituição, o evento termina na quarta-feira (5) em uma edição totalmente virtual.

A representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, Socorro Gross, também participou da mesa de abertura e reiterou a importância de um olhar global. “A união entre os países, a cooperação técnica, o trabalho em parceria não é apenas a coisa certa a se fazer. É a coisa mais inteligente a se fazer, porque o vírus não se importa com fronteiras, barreiras geográficas, crenças ou ideologias políticas. Enquanto todas as pessoas não estiverem seguras, nossos países não estarão seguros”.

Nísia celebrou ainda a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a Fiocruz produza o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da Covishield. Trata-se de um insumo fundamental na formulação da vacina porque traz a informação que faz com que o organismo comece a preparar suas defesas contra o vírus invasor. O aval para sua produção foi concedido na última sexta-feira (30). “Nos permitirá nacionalizar a vacina. Não é um fato qualquer”, disse a presidente da instituição.

A Covishield foi desenvolvida através de uma parceria entre a Universidade de Oxford e a farmacêutica inglesa Astrazeneca. Elas firmaram com a Fiocruz, no ano passado, um acordo para transferência de tecnologia. O imunizante está sendo usado no país desde janeiro, embora os primeiros lotes tenham sido importados da Índia.

A fabricação em larga escala no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos) teve início em março. O IFA, no entanto, ainda precisa ser exportado. De acordo com o diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, até o fim de abril foram entregues 26,5 milhões de doses ao PNI para distribuição aos estados e municípios. “Esta semana devemos chegar a marca de 30 milhões”, afirmou.

Tão logo o IFA passe a ser produzido pela instituição, a Covishield estará 100% nacionalizada. A produção do insumo ocorrerá em uma nova planta industrial. Ao longo da última semana, a Anvisa vistoriou

Outras vacinas

Testes pré-clínicos estão sendo realizados pela Fiocruz para o desenvolvimento de quatro imunizantes nacionais. “São projetos em andamento com ou sem parcerias externas. São duas vacinas sintéticas, uma em subunidade e outra em tecnologia de RNA. Essa última está em vias de começar o estudo clínico”, destascou Zuma.

O diretor de Bio-Manguinhos afirmou ainda que a construção do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS), cujo edital de financiamento e construção foi publicado em fevereiro, ampliará significativamente a capacidade de produção de Bio-Manguinhos. O empreendimento que ficará localizado em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, deverá iniciar sua operação comercial em 2025.

“Será o maior centro de produção de produtos biológicos da América Latina e que está está sendo concebido a partir de avançadas tecnologias. A nova planta permitirá ao país aumentar o fornecimento de vacinas e biofármacos de alta qualidade para o Sistema Único de Saúde e terá capacidade de suprir também necessidades de outro países”.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Saúde

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Saúde

Ipasgo Saúde implanta serviço de vacinação em domicílio

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Beneficiários de Goiânia, Aparecida, Goianira, Trindade e Senador Canedo podem se imunizar contra H1N1 sem sair de casa e sem custo adicional

Beneficiários do Ipasgo Saúde agora contam com serviço de vacinação em domicílio. A ação de estreia, em parceria com o Laboratório Padrão, contempla a imunização tetravalente contra H1N1, que pode ser adquirida a R$ 70, valor exclusivo para titulares, dependentes e agregados da instituição que assiste a quase 600 mil pessoas no estado de Goiás.

A imunização domiciliar está disponível, sem qualquer custo adicional, na capital, Aparecida de Goiânia, Goianira, Trindade e Senador Canedo mediante agendamento prévio por meio do telefone 4020-9005. O desconto na aquisição da vacina contra Influenza e o serviço de aplicação também são ofertados nas unidades Sul, Marista, T-4 e Novo Horizonte, em Goiânia, além das cidades de Goianésia e Caldas Novas.

Para usufruir do benefício, extensivo a colaboradores do Ipasgo Saúde, diretos e terceirizados, bem como seus familiares (filho, cônjuge e pais), basta apresentar a carteirinha do beneficiário, crachá ou um documento de identificação que comprove o parentesco. “Essa nova parceria entre o Ipasgo Saúde e o Laboratório Padrão reforça o compromisso da nossa instituição em garantir o acesso à saúde preventiva de qualidade para os beneficiários, oferecendo não apenas descontos vantajosos, mas também comodidade e praticidade com o serviço de aplicação em casa”, avalia o presidente do Ipasgo Saúde, José Orlando Ribeiro Cardoso.

O desconto para beneficiários do Ipasgo Saúde é para aquisição da vacina tetravalente, que fortalece a imunização contra quatro subtipos: A (H3N2 e H1N1) e duas cepas da Influenza B. O imunizante se difere do ofertado pelo Ministério da Saúde (MS), que é trivalente, pois protege contra três cepas do vírus, sendo duas de influenza A e uma B.

Casos em Goiás
A vacina contra H1N1 comprovadamente reduz as chances de complicações respiratórias que podem evoluir para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) – uma condição que afeta principalmente o sistema respiratório, levando a sintomas como febre alta, tosse intensa, falta de ar e dificuldade respiratória. Até agora, Goiás registra sete óbitos e 97 casos de Srag provocada pelo Influenza.

Também conhecida como gripe, a doença responde por 4,54% dos mais de 2,1 mil registros e por 3,91% das mortes por Srag no estado este ano. Em 2023, 866 moradores de Goiás morreram em decorrência da Srag. Desses, 68 tiveram H1N1. Em todo Brasil, na comparação com o ano passado, os testes positivos para Influenza cresceram 63,3% entre os meses de janeiro e março. O cenário é tão preocupante que o Governo de Goiás antecipou para abril o calendário anual de vacinação.

A imunização contra a Influenza é especialmente recomendada para grupos vulneráveis, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com condições de saúde pré-existentes. No entanto, é uma medida benéfica para todas as faixas etárias, a partir dos seis meses de vida, contribuindo para a proteção individual e coletiva contra a propagação do vírus.

Fotos: Divulgação Ipasgo / Ipasgo Saúde – Governo de Goiás

 

 

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