Economia
Preço da cesta básica paulistana aumenta 1,36%, diz Procon-SP
O preço médio da cesta básica na capital paulista superou o valor do salário mínimo no mês de maio, segundo levantamento feito pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP, em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A cesta chegou a R$ 1.226,12, em 31 de maio, aumento de 1,36% em relação a 29 de abril (R$ 1.209,71). O valor do salário mínimo é R$ 1.212.
Os grupos alimentação e limpeza tiveram alta de 1,7% e 0,36%, respectivamente. Já higiene pessoal teve queda de 1,83%. Dos 39 produtos pesquisados, na variação mensal, 27 registraram alta, nove diminuíram de preço e três permaneceram estáveis.
Os produtos que mais subiram, segundo o levantamento, foram cebola (31,7%), desodorante spray (6,8%), salsicha avulsa (6,33%), queijo muçarela fatiado (5,55%) e farinha de mandioca torrada (4,91%).
Já as maiores quedas foram papel higiênico fino branco (8,85%), biscoito recheado (5,91%), absorvente aderente (4,27%), sabão em barra (1,65%) e frango resfriado inteiro (1,6%).
De acordo com o Procon-SP, os motivos que justificam as oscilações nos preços dos produtos da cesta básica são diversos e incluem problemas climáticos, questões sazonais, excesso ou escassez de oferta ou demanda pelos produtos, preços das commodities, variações cambiais, formação de estoques e desonerações de tributos.
A alta no preço tanto da salsicha como do queijo muçarela, por exemplo, tiveram influência do aumento nas exportações de seus insumos – carne suína e leite. A alta das carnes de primeira e de segunda, que são itens relevantes na alimentação no país e registraram aumento de 0,74% e 1,29% no mês, respectivamente, também foi relacionado às exportações pela entidade.
O aquecimento da demanda internacional pela carne bovina brasileira acarretou a diminuição na oferta interna e o aumento das cotações no varejo, conforme divulgou o Procon-SP.
Na variação anual, a pesquisa apontou ainda que o aumento no preço da cesta na cidade foi de 18,07%, ante maio de 2021, quando o valor era de R$ 1.038,45. No período, os três produtos que tiveram maior alta foram café em pó, com aumento de 95,6%; batata, 70,04%, e biscoito água e sal, 48,84%.
Edição: Kelly Oliveira
Economia
Caiado propõe indexação da dívida dos estados a IPCA mais 1%
Encontro de governadores e representantes de cincos estados com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, em Brasília, resulta em acordo para apresentação de proposta de reajuste no IPCA ao Ministério da Fazenda
O governador Ronaldo Caiado apresentou nesta segunda-feira (15/04) propostas para renegociação das dívidas dos estados, com foco na indexação. A reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em Brasília, contou com a participação de governadores e representantes de outros quatro estados. No encontro ficou acordado que os governadores vão propor ao Ministério da Fazenda a correção das dívidas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 1% ao ano.
“O que nós estamos pedindo são indexadores justos e uma renegociação também para que haja flexibilização no teto de investimento e não sejamos engessados, como está hoje a maioria dos estados brasileiros”, pontuou Caiado ao final do encontro.
O indexador da dívida atualmente é o CAM que, somado a mais 4% de juros ao ano, dá a taxa Selic de 11% ao ano. Já a proposta apresentada pelo gestor goiano, em parceria com os governadores Cláudio Castro (RJ), Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema, (MG), além do vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, visa a redução do indexador para IPCA mais 1% ao ano, tornando o índice mais vantajoso para a correção dos valores devidos pelos estados à União, possibilitando o investimento em outras áreas.
Ronaldo Caiado ressaltou que dívidas acrescidas por indexadores extorsivos inviabilizam o investimento nos estados. “O parcelamento da dívida chega a percentuais que impossibilitam investir em infraestrutura. Os entes federativos estão imobilizados devido a essas correções das dívidas que chegam a níveis estratosféricos, não restando nada para que os governos possam atender à necessidade de crescimento”, disse.
“Temos que exigir responsabilidade fiscal dos estados, mas também ficar bloqueado com teto de gastos e com esse indexador, com a dívida sendo reajustada nessa proporção, nos inviabiliza de caminhar”, finalizou o governador de Goiás.
A proposta discutida com o presidente do Senado prevê que os estados menos endividados poderão obter acesso a novas operações de crédito. Os que cumprirem todos os compromissos estabelecidos terão reduções de juros permanentes até o prazo final da vigência dos contratos aditivados. Ficam afastados também todos os limites e condições para a realização de operação de crédito ou para a contratação com a União nas celebrações de acordo.
O texto destaca que os estados que apresentarem boa capacidade de pagamento terão tratamento prioritário e célere quanto às análises e avaliações dos pleitos de operação de crédito. Outro item acrescenta pelo menos 50% do PIB ao teto, e exclui as despesas de saúde e educação da limitação de crescimento prevista em Regimes de Recuperação ou de Reequilíbrio Fiscal dos Estados e do Distrito Federal.
O Ministério da Fazenda deve apresentar um projeto até a próxima semana. Entretanto, o presidente do Senado convocou os governadores para ouvir suas sugestões e apresentar seus pontos de vista. Caiado ressaltou que Pacheco deve encaminhar uma proposta que seja compatível com o crescimento dos estados em breve.
Segurança
Durante o almoço, o Chefe do Executivo goiano discutiu também a possibilidade de uma contrapartida financeira às UFs por ações de segurança pública. “Estamos diante de uma luta contra a criminalidade em que assumimos o trabalho sozinhos”, argumentou Caiado, ao lembrar que os estados combatem diretamente crimes federais e não recebem compensação pela atuação das forças policiais. Além disso, os governadores colocaram em pauta a possibilidade de federalização de ativos dos estados.
Fotos: Cristiano Borges / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás
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