Economia

Movimentação de cargas portuárias cai 3,3% no primeiro semestre

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A movimentação de cargas no setor portuário apresentou um recuo de 3,3% no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado, informou hoje (15) a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Segundo a agência, os portos organizados, terminais autorizados e arrendados movimentaram 581,3 milhões de toneladas no período.

As informações constam do painel Estatístico Aquaviário da Antaq, O painel destaca ainda que, em relação ao primeiro semestre do ano passado, houve uma redução nas movimentações dos principais perfis de carga: graneis sólido, líquido e conteineres.

No granel sólido, a queda foi de 4,4%, com movimentação de 335,9 milhões de toneladas. Esse tipo de carga representa 58% do total de cargas movimentadas.

No granel líquido, a queda foi de um pouco maior, de 4,5%, com 148,1 milhões de toneladas. O granel líquido movimenta 25% das cargas no país.

Já nos contêineres, a redução foi de 4,4%, com movimentação de 62,7 milhões de toneladas. Em geral, a movimentação é de 11% das cargas no país.

Redução nas exportações

Segundo a Antaq, a queda foi puxada pela redução nas exportações das principais commodities brasileiras: minério de ferro, soja e petróleo.

O destaque positivo ficou para a carga em geral que apresentou um crescimento de 18,6%, com 34,7 milhões de toneladas movimentadas. A carga em geral movimenta 6% das cargas transportadas no país. A exportação de celulose puxou o crescimento.

De acordo com o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, a redução na movimentação pode ser explicada em razão de problemas na economia da China, maior parceiro comercial do Brasil.

“Entendemos que o decréscimo ocorre principalmente em função dos problemas ocorridos na China, com lockdowns e fechamento de indústrias e portos. Isso impactou na movimentação de granel solido mineral e vegetal. Nossos contêineres também”, disse Nery que acrescentou esperar que a movimentação total em 2022 fique próxima da do ano passado.

A projeção da Antaq e que a movimentação de cargas no segundo semestre fique em 631 milhões de toneladas, um crescimento de 2,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Com isso, a previsão é que a movimentação total fique em 1.212 bilhão de toneladas, uma queda de 0,2% em relação ao ano anterior.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Economia

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Caiado propõe indexação da dívida dos estados a IPCA mais 1%

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Encontro de governadores e representantes de cincos estados com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, em Brasília, resulta em acordo para apresentação de proposta de reajuste no IPCA ao Ministério da Fazenda

O governador Ronaldo Caiado apresentou nesta segunda-feira (15/04) propostas para renegociação das dívidas dos estados, com foco na indexação. A reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em Brasília, contou com a participação de governadores e representantes de outros quatro estados. No encontro ficou acordado que os governadores vão propor ao Ministério da Fazenda a correção das dívidas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 1% ao ano.

“O que nós estamos pedindo são indexadores justos e uma renegociação também para que haja flexibilização no teto de investimento e não sejamos engessados, como está hoje a maioria dos estados brasileiros”, pontuou Caiado ao final do encontro.

O indexador da dívida atualmente é o CAM que, somado a mais 4% de juros ao ano, dá a taxa Selic de 11% ao ano. Já a proposta apresentada pelo gestor goiano, em parceria com os governadores Cláudio Castro (RJ), Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema, (MG), além do vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, visa a redução do indexador para IPCA mais 1% ao ano, tornando o índice mais vantajoso para a correção dos valores devidos pelos estados à União, possibilitando o investimento em outras áreas.

Ronaldo Caiado ressaltou que dívidas acrescidas por indexadores extorsivos inviabilizam o investimento nos estados. “O parcelamento da dívida chega a percentuais que impossibilitam investir em infraestrutura. Os entes federativos estão imobilizados devido a essas correções das dívidas que chegam a níveis estratosféricos, não restando nada para que os governos possam atender à necessidade de crescimento”, disse.

Governador Ronaldo Caiado, se reúne com Rodrigo Pacheco, em Brasília, para apresentar proposta de indexação de dívida dos estados

Governador Ronaldo Caiado, se reúne com Rodrigo Pacheco, em Brasília, para apresentar proposta de indexação de dívida dos estados

“Temos que exigir responsabilidade fiscal dos estados, mas também ficar bloqueado com teto de gastos e com esse indexador, com a dívida sendo reajustada nessa proporção, nos inviabiliza de caminhar”, finalizou o governador de Goiás.

A proposta discutida com o presidente do Senado prevê que os estados menos endividados poderão obter acesso a novas operações de crédito. Os que cumprirem todos os compromissos estabelecidos terão reduções de juros permanentes até o prazo final da vigência dos contratos aditivados. Ficam afastados também todos os limites e condições para a realização de operação de crédito ou para a contratação com a União nas celebrações de acordo.

O texto destaca que os estados que apresentarem boa capacidade de pagamento terão tratamento prioritário e célere quanto às análises e avaliações dos pleitos de operação de crédito. Outro item acrescenta pelo menos 50% do PIB ao teto, e exclui as despesas de saúde e educação da limitação de crescimento prevista em Regimes de Recuperação ou de Reequilíbrio Fiscal dos Estados e do Distrito Federal.

O Ministério da Fazenda deve apresentar um projeto até a próxima semana. Entretanto, o presidente do Senado convocou os governadores para ouvir suas sugestões e apresentar seus pontos de vista. Caiado ressaltou que Pacheco deve encaminhar uma proposta que seja compatível com o crescimento dos estados em breve.

Segurança
Durante o almoço, o Chefe do Executivo goiano discutiu também a possibilidade de uma contrapartida financeira às UFs por ações de segurança pública. “Estamos diante de uma luta contra a criminalidade em que assumimos o trabalho sozinhos”, argumentou Caiado, ao lembrar que os estados combatem diretamente crimes federais e não recebem compensação pela atuação das forças policiais. Além disso, os governadores colocaram em pauta a possibilidade de federalização de ativos dos estados.

Fotos: Cristiano Borges / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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