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Minas Gerais registra 10 mortes em 24 horas por causa das chuvas

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A Defesa Civil de Minas Gerais confirmou nesta terça-feira (11) mais dez mortes em decorrência da chuva no estado. Os óbitos foram notificados ao longo das últimas 24 horas.

Com isso, subiu para 19 o número de vítimas no estado desde o início do período chuvoso, a partir do dia 1º de outubro. Por causa das investigações em andamento, esses dados não incluem as 10 mortes ocorridas no último sábado (8), em Capitólio, após o desabamento de um paredão de pedra no cânion da represa de Furnas

Em todo o estado, 145 municípios estão em situação de emergência. O número de desabrigados totaliza 3.481. Já os desalojados somam 13.756 pessoas. O balanço é o mais recente divulgado pela Defesa Civil estadual. 

As condições meteorológicas continuam favoráveis a chuva e temporais em Minas Gerais, em decorrência da instabilidade atmosférica. “Há condições de chuva moderada a forte que podem vir acompanhadas de descargas elétricas, especialmente, no Oeste, Sul/Sudoeste, Campo das Vertentes, Zona da Mata e Triângulo Mineiro. Na capital mineira e Grande Belo Horizonte o quadro meteorológico ainda é favorável a ocorrência de chuva, contudo, de menor intensidade em relação aos últimos dias”, informou a Defesa Civil.

Mortes recentes

A maior tragédia das últimas 24 horas ocorreu ontem, quando cinco pessoas foram encontradas mortas após serem soterradas por um deslizamento de encosta no Retiro do Chalé, em Brumadinho, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, quatro delas eram da mesma família: um casal, marido e esposa, e duas crianças (uma de três anos e outra de seis). A quinta vítima é um homem que dirigia o veículo onde todos estavam.

Eles estavam desaparecidos desde sábado (8), quando viajavam de carro com destino ao aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. Próximo à região de Congonhas, na BR-040, o grupo se deparou com o bloqueio na pista e optou por seguir viagem por uma estrada alternativa. Desde então, não fizeram contato com a família. O carro foi localizado ontem (10) pelos bombeiros, que fizeram um trabalho de resgate que durou cerca de 10 horas até a retirada do último corpo. Até uma retroescavadeira precisou ser usada nos trabalhos. O carro foi arrastado por cerca de 400 metros pela lama que se deslocou de uma encosta de serra.  

Em São Gonçalo do Rio Abaixo, na madrugada de segunda-feira, o muro de uma residência desabou, soterrando uma criança de 10 anos, que veio a óbito.

Em Ervália, também nesta segunda, a Defesa Civil reportou a morte de um rapaz de 20 anos, que estava em um bar da cidade quando houve um escorregamento de terra, provocando o desabamento de uma estrutura de concreto. O corpo da vítima foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros. 

Em Caratinga, devido às fortes chuvas, duas mortes foram registradas no domingo (9). Um homem de 41 anos morreu após o carro em que ele estava ser arrastado na tentativa de atravessar uma ponte que estava inundada pelo córrego São Vicente, no distrito de Santo Antônio do Manhuaçu. Um dos ocupantes do veículo, um homem de 54 anos, sobreviveu depois de conseguir sair do veículo e nadar até a margem do rio. 

A outra morte no município ocorreu após o deslizamento de uma encosta atingir uma residência. No local, uma mulher de 62 anos foi resgatada com vida pelos bombeiros, mas um homem de 28 anos acabou morrendo soterrado por lama e concreto.   

Ministros monitoram

Nesta terça-feira, dois ministros do governo federal sobrevoaram áreas atingidas pelas chuvas em Minas Gerais. Joaquim Leite (Meio Ambiente) e João Roma (Cidadania)  sobrevoaram as cidades de Nova Lima, Rio Acima, Moeda e Itabirito, na região metropolitana de Belo Horizonte, todos bastante atingidos com alagamentos e inundações. Eles ainda se reuniram com o governador Romeu Zema e representantes da Defesa Civil e da secretaria do Meio Ambiente do estado.

No dia 31 de dezembro, o governo federal abriu crédito extraordinário de R$ 700 milhões para ajudar principalmente os estados de Minas Gerais e Bahia, dois dos mais afetados pelas chuvas no último mês. Dos recursos, R$ 200 milhões vão para distribuição de alimentos a grupos populacionais tradicionais e específicos e R$ 500 milhões para proteção social no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). 

Já o Ministério do Desenvolvimento Regional autorizou o repasse de R$ 48,6 milhões para municípios mineiros mais afetados e assegurou outros R$ 130 milhões para a Bahia. A maior parte dos recursos são de socorro e assistência.

Moradores das cidades que tiveram reconhecimento de emergência também têm direito ao saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Segundo a Caixa Econômica Federal, até o momento, 12 municípios da Bahia e de Minas Gerais foram habilitados para recebimento do Saque FGTS por motivo de calamidade.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Confira estados e municípios contemplados na seleção do Minha Casa, Minha Vida Rural e Entidades

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Foram selecionadas 37 mil unidades habitacionais na modalidade Entidades e 75 mil na Rural

Confira o resultado das seleções de duas modalidades do Minha Casa Minha Vida: Entidades e Rural, anunciado nesta quarta-feira, 10 de abril, em evento no Palácio do Planalto. As modalidades têm por objetivo oferecer moradia para a população urbana organizada e para agricultores familiares, povos indígenas, integrantes de comunidades remanescentes de quilombos rurais e povos e comunidades tradicionais residentes em áreas rurais.

As Seleções do MCMV Entidades e Rural foram realizadas por meio das portarias MCID Nº 743, de 20 de junho de 2023 e MCID nº 862, de 4 de julho de 2023. Entidades organizadas de Movimentos Sociais, prefeituras e governos estaduais enviaram propostas que foram analisadas e selecionadas de acordo com os critérios previstos nas portarias de seleção.

 

Principais números do Minha Casa, Minha Vida

Foram selecionadas 37 mil unidades habitacionais na modalidade MCMV Entidades com investimentos totais previstos de R$ 6 bilhões. Na modalidade MCMV Rural a seleção contempla 75 mil unidades habitacionais com investimentos totais previstos de R$ 5,6 bilhões.

 

ENTIDADES –  A modalidade concede financiamento subsidiado a pessoas físicas para produção de unidades habitacionais para famílias residentes em áreas urbanas. As entidades devem estar organizadas por meio de entidades privadas sem fins lucrativos. É realizado com recursos do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS).

RURAL – Subsidia a produção ou a melhoria de unidades habitacionais para agricultores familiares, trabalhadores rurais e famílias residentes em área rural. O programa pode ser acessado em duas modalidades: subsidiado e financiado. A modalidade subsidiada, objeto desta seleção, é operada com recursos do Orçamento Geral da União. O MCMV Entidades atende famílias com renda mensal de até R$ 4.400,00 em áreas urbanas; e o MCMV Rural – Faixa 1, objeto da presente seleção, atende famílias com renda anual de até R$ 31.680,00, em áreas rurais.

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