Política

Matérias de deputados visam instituir, em Goiás, iniciativas que estimulem a permanência do jovem no campo

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De um estabelecimento familiar de produção de pequi na área rural de uma pequena cidade a uma grande fazenda de criação de gado, um protagonista em comum: o agricultor. Algumas matérias tramitam na Assembleia Legislativa com o objetivo de instituir, em Goiás, iniciativas que estimulem a permanência do jovem no campo. Todos os projetos precisam passar por duas fases de aprovação do Plenário do Legislativo goiano para que estejam aptos a seguir para a sanção do governador Ronaldo Caiado (UB).

Um exemplo é a proposição de nº 5018/21, de autoria do deputado Virmondes Cruvinel (UB), que visa estabelecer a Política Estadual de Estímulo ao Empreendedorismo do Jovem do Campo (Peeejc). Conforme o parlamentar, a finalidade é estimular o empreendedorismo rural, no momento em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela, com base nos dados do último censo, que o número de jovens que residem na zona rural do País caiu 10% em uma década. “Devemos lembrar que a população urbana depende da produção do meio rural. Assim, é de suma importância criar condições e oportunidades para o jovem permanecer no campo”, explica Cruvinel.

“Propomos a Política Estadual Jovem Empreendedor Rural com o objetivo de capacitar os jovens para que sejam líderes empreendedores, estimular o negócio cooperativo e possibilitar o acesso ao crédito orientado para que possam transformar pequenas propriedades familiares em unidades produtivas e competitivas”. Nessa perspectiva, o deputado frisa, na justificativa do projeto, que a iniciativa permitirá que esses jovens exerçam o protagonismo estratégico aos interesses do estado de Goiás e do futuro de suas famílias e das comunidades que eles pertencem. 

Nessa perspectiva, também está a propositura de nº 1147/20, de autoria do deputado Paulo Trabalho (PL). O projeto visa criar o Programa Jovem Agricultor, com o objetivo de articular ações que incentivem e estimulem a permanência de jovens no meio rural, dando continuidade ao trabalho dos pais na produção, diminuindo a migração campo-cidade.

O texto destaca que, nas últimas quatro décadas, houve uma redução gradativa no número de estabelecimentos rurais produtivos, movimento que coincide com a queda na força de trabalho. Para o parlamentar, é de suma importância proporcionar aos jovens do campo o acesso aos melhores meios tecnológicos de produção e de qualidade de vida aplicada ao meio rural.

Outra propositura que merece destaque é a de nº 10106/22, de iniciativa da deputada Delegada Adriana Accorsi (PT), e visa instituir o Plano Estadual de Juventude e Sucessão Rural. O objetivo é orientar, integrar e articular políticas públicas, ações e programas voltados à garantia dos direitos da juventude do campo e a promoção da sucessão rural.

Conforme a justificativa do projeto, a questão da sucessão rural, sobretudo na agricultura familiar e campesinato, possui uma relação direta com a segurança e soberania alimentar no Brasil. “Tendo em vista que a agricultura familiar e o campesinato são responsáveis por cerca de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. Portanto, se torna urgente a implementação de políticas de sucessão geracional e fortalecimento deste segmento, a fim de garantir a continuidade da agricultura familiar e o campesinato no estado”, frisa a propositora.

A matéria de nº 1006/20, assinada pelo deputado Tião Caroço (UB), também tem teor semelhante. A iniciativa tem o intuito de instituir a Política Estadual de Incentivo à Permanência de Jovens e Adultos no Meio Rural por meio da Qualificação da Oferta Educacional. 

De acordo com o propositor, a política busca a implementação de ações públicas que visem garantir a permanência dos jovens agricultores na área rural. E, ainda: a qualificação dos jovens em atividades rurais, para que possam desenvolver unidades de produção rural, de base familiar e sustentável.

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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Política

“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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