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Idosos participam de mostra de talentos em unidades socioassistenciais

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Foram escolhidas cinco categorias para a exposição deste ano: Artesanal, Cultural e artística, Culinária, Jardinagem e Minha história de vida | Fotos: Divulgação/Sedes

Valorizar os dons e habilidades das pessoas idosas, estimulando o protagonismo e a autonomia. Esse é o objetivo da quarta Mostra de Talentos da Terceira Idade, realizada nesta terça-feira (14) no Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Brazlândia Central, unidade gerenciada pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).

Foram escolhidas cinco categorias para a exposição deste ano: Artesanal, Cultural e artística, Culinária, Jardinagem e Minha história de vida. As duas últimas foram sugeridas pelos próprios idosos.

“Nós tivemos dois talentos novos que foram sugestão do próprio grupo, já que, por conta desse distanciamento social, os idosos ficaram mais em casa, mais próximos dos familiares, e passaram a desenvolver atividades em família”, conta a educadora social Daniele Nunes Menezes, que juntamente com a educadora Meirislane Lino da Silva, é responsável pelo coletivo intergeracional do Centro de Convivência de Brazlândia.

Esta é a quarta edição da Mostra de Talentos da Terceira Idade, que, neste ano, foi realizada de forma virtual. A unidade recebeu vídeos de 16 idosos nas cinco categorias.

“Percebemos a dificuldade de muitos deles para ter acesso às ferramentas tecnológicas, e não queríamos deixar de realizar nossa Mostra de Talentos; então, pensamos em articular todas as nossas atividades de forma que eles fizessem os vídeos com as famílias”, informa Daniele. “Nos encontros coletivos, nós colocamos esses vídeos e cada usuário participante do grupo votou via formulário on-line. Além de viabilizar a mostra, esse projeto foi importante para o fortalecimento do vínculo com a família, que é o nosso foco do trabalho.”

O retorno presencial aos centros deconvivência e fortalecimento de vínculos está sendo realizado de forma gradual e planejada

Terezinha Rodrigues da Silva, 75 anos, frequenta o Centro de Convivência em Brazlândia há sete anos, desde que veio morar em Brasília. Para ela, a mostra foi uma oportunidade de compartilhar seu dia a dia com os amigos.

“Participar desse grupo é uma grande alegria da minha vida. Eu apresentei um poema e participei da categoria jardinagem. Foi muito bom mostrar para as pessoas do grupo como estou vivendo, como eu faço as coisas. Eu amo esse grupo. Eu vivi coisas diferentes e sempre mostro para eles uma maneira simples de fazer as coisas, moro na área rural, faço jardinagem”, relata.

A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, lembra que atividades como essa mostram que os centros de convivência e fortalecimento de vínculos não pararam durante a pandemia. “Nós mantivemos os atendimentos remotos, os grupos por videochamada. Os profissionais se reinventaram para manter o acompanhamento, fazer as atividades em grupo e orientar as pessoas idosas a utilizar novas tecnologias”, afirma.

Retorno presencial

“Quando eu cheguei aqui, já chorei de emoção e felicidade, ainda mais depois que vi minha foto no mural da mostra. Foi muito emocionante”, conta Maria das Graças Nunes da Silva,  64 anos. Há 15 anos, ela frequenta o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos em Brazlândia. A aposentada participou de quatro categorias nesta quarta edição.

Como o grupo de pessoas idosas que frequenta a unidade de Brazlândia teve perdas durante a pandemia da covid-19, os educadores sociais optaram por manter as atividades on-line. Essa é a primeira ação presencial para esse público realizada desde março do ano passado.

Para Gercina da Silva Gomes, 69 anos, e Teresa da Silva Rosa, 72, o melhor de retornar às atividades presenciais foi rever os amigos. “Fui aprendendo fazer a comida em casa e enviar os vídeos, teve artesanato, fui fazendo e enviando os vídeos. Fui aprendendo muita coisa boa que eu não sabia, aprendi a mexer no celular, os vídeos, a gente aprende muito coisa boa e se diverte aqui”, destaca Gercina. “Nós estávamos muito tempo afastadas sem ver os colegas. Foi muito bom nosso encontro. Gostei de tudo, todos foram atenciosos”, pontua Teresa.

Segundo o chefe do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Brazlândia Central, Marcelo Gonçalves, o encontro foi uma oportunidade de retomar esse contato. “Apesar de o resultado da Mostra de Talentos da Terceira Idade ter sido presencial, a expectativa é retornar as atividades nesse formato somente em janeiro, se houver garantia de que haverá um retorno seguro para usuários e servidores e o plano for aprovado pela diretoria da Sedes. Também estamos aguardando que todos os idosos tomem a terceira dose da vacina contra covid-19”, reforça.

Cecon Brazlândia

Atualmente, o Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos de Brazlândia tem 132 pessoas idosas inscritas. Desses, 65 estão participando dos encontros coletivos remotos. Além do grupo intergeracional, o Centro de Convivência Brazlândia Central também atende 48 adolescentes entre 15 e 17 anos, inscritos no programa Caminhos da Cidadania.

“Nós não retornamos às atividades presenciais por uma opção do próprio grupo intergeracional. Nós tivemos algumas perdas durante a pandemia, e alguns idosos moram em área rural, de mais difícil acesso”, explica Marcelo Gonçalves.

De acordo com o diretor de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Sedes, Clayton Andreoni Batista, o retorno presencial às unidades do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos está sendo realizado de forma gradual e planejada, levando em consideração as peculiaridades locais e o cenário epidemiológico a cada mês.

“Cada unidade estabeleceu um plano de ação que avaliou recursos disponíveis [físicos, humanos e materiais], interesse dos usuários e protocolos e medidas de segurança. Temos unidades que já retornaram 100% das atividades; outras, apenas para alguns grupos. É realizado um monitoramento mensal das atividades em cada unidade que leva em conta todos esses pontos. O objetivo é viabilizar um retorno com responsabilidade para equipes e usuários”, reitera o gestor.

* Com informações da Sedes

Fonte: Governo DF

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PIB da indústria e do setor de serviços em Goiás alcançam maior índice da história

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Todas as atividades que compõem o índice registraram números recordes de volume de produção em 2023. SIC destaca crescimento industrial goiano de 3,8%, duas vezes maior do que o nacional, de 1,6%

O Produto Interno Bruto (PIB) dos setores industrial e de serviços em Goiás alcançou, em 2023, o maior nível da série histórica, de acordo com boletim divulgado pelo Instituto Mauro Borges (IMB) nesta semana. O crescimento estimado para o referido ano é de 3,8% e 2,2%, respectivamente. O resultado contribui para a projeção da alta – também inédita – de 4,4% do PIB geral do Estado, número maior do que o aumento nacional previsto de 2,9%.

Os dados também mostraram que o crescimento do PIB industrial goiano, no ano passado, foi duas vezes maior do que o do país (3,8% x 1,6%). Aliás, desde 2022, o setor secundário em Goiás tem conseguido manter resultados positivos em todos os trimestres, influenciado, principalmente, pelo desempenho da indústria de transformação.

“Esse cenário positivo se deve a uma série de fatores, que incluem a boa gestão do governador em áreas como segurança pública, saúde e educação, imprescindível para atrair e manter empresas aqui, além da eficiência e desburocratização dos nossos incentivos fiscais, como o Programa de Desenvolvimento Regional, o PróGoiás, e da redução do nosso custo produtivo ao longo dos anos”, explica o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Joel de Sant’Anna Braga Filho.

O estudo do IMB apontou ainda que o custo Brasil em Goiás caiu 3,7 pontos percentuais de 2018 a 2022, uma diminuição maior do que a registrada nas outras unidades federativas, de cerca de 1,8%, para o mesmo período analisado.

Para os empresários, o reflexo de índices econômicos tão robustos é percebido de forma direta no dia a dia. O Grupo Kelldrin é uma indústria familiar que atua no mercado nacional desde 2003, nos setores de saúde animal, saúde ambiental e saúde humana. A indústria está localizada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) e o escritório, no Polo Empresarial de Aparecida de Goiânia.

“Nós tivemos 35% de crescimento esse ano. Eu falo que Goiás é o estado centro do Brasil para o mundo e a gente tem muito apoio do governador. Os incentivos no nosso estado, e também o que acontece no Brasil, aumentam ainda mais os empregos e melhoram a qualidade de vida das pessoas”, ressalta Vinícius Kelldrin, um dos proprietários do empreendimento.

Destaque no Brasil
A indústria goiana cresceu 12% no quarto trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa taxa foi quatro vezes maior do que a apurada no setor secundário brasileiro, também para igual recorte temporal, de 2,9%. A indústria nacional apresentou taxa de 2,9% no mesmo período de análise. Em Goiás, os maiores crescimentos foram na indústria extrativa (16,5%) e na de transformação (15,5%).

Já o setor de serviços cresceu 2,2% no ano de 2023, comparado ao mesmo período do ano anterior. Os serviços de informação e comunicação, e os de transportes, auxiliares aos transportes e correios tiveram os maiores crescimentos anuais, com taxas de 11,4% e 9,8%, respectivamente. Além disso, o comércio, com grande participação dentro do setor, encerrou o ano com uma estimativa de crescimento de 3,5%.

Maior saldo na balança comercial
Segundo informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), coletadas pelo IMB, em 2023, o estado de Goiás atingiu o maior saldo da balança comercial registrado desde 1997, sendo FOB US$ 9,09 bilhões, acréscimo de 11,3% em relação a 2022. Desde 2021, o saldo da balança comercial do estado vem apresentando expressivos aumentos.

O valor exportado alcançou a segunda posição mais elevada na série histórica (FOB US$ 13,97 bilhões), sendo o melhor resultado observado em 2022. No que diz respeito às importações, em 2023, o estado atingiu o quinto maior valor importado desde 1997 (FOB US$ 4,88 bilhões).

Adicionalmente, o volume exportado, em 2023, alcançou seu maior patamar desde o início da série (22,7 milhões de toneladas). Do outro lado da balança, o estado de Goiás importou um total equivalente a 3,5 milhões de toneladas, sendo o quarto maior volume importado desde o início da série histórica.

Fotos: Divulgação / Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços – Governo de Goiás

 

 

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