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Governo lança guia com ações para retomada econômica do turismo

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O Ministério do Turismo lançou hoje (23) o Guia para a Retomada Econômica do Turismo, um documento resultado de um estudo sobre os desafios e ações para que os agentes do setor consigam recuperar as atividades econômicas após os impactos da pandemia de covid-19.

A cada ano, o Brasil recebe 6,6 milhões de turistas. Com a pandemia, os gastos de turistas de fora do país caíram de US$ 5,99 bilhões para US$ 3,04 bilhões entre 2019 e 2020, uma queda correspondente a 49,2%.

No total, as perdas do setor somaram entre março de 2020 e janeiro de 2021 um total de US$ 243 bilhões. A ocupação dos hotéis também refletiu os impactos da pandemia, caindo 37,5% entre 2019 e 2020.

Conforme a avaliação feita pelo estudo, o Brasil não faz parte das rotas do turismo global. A maioria dos viajantes é originária da América do Sul e os principais destinos são o Rio de Janeiro e Foz do Iguaçu (PR).

Nesse cenário de retomada, a pesquisa projetou mudanças. Uma delas é um turista mais cuidadoso e seletivo, mais exigente com cuidados de saúde e higiene, com os protocolos de saúde da pandemia ainda em curso.

No novo cenário, o turismo doméstico ganhou força, com o teletrabalho mais comum nos negócios e com o uso crescente de serviços online. Além disso, viagens para o exterior ficaram mais custosas devido aos preços das passagens e do valor do dólar em relação ao real.

O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, destacou que o documento deve ser uma referência para o setor, auxiliando gestores públicos e privados, bem como toda a cadeia produtiva do turismo na recuperação.

Ações estratégicas

O documento, que teve o auxílio da consultoria KPMG na elaboração, elenca 20 ações estratégicas para promover a recuperação econômica do setor. Os autores defendem estímulo ao turismo doméstico e de curta duração, para lugares próximos aos grandes centros urbanos.

Uma forma de promover destinos é a ampliação do uso de calendários de eventos, como carnaval, festas juninas e outras ocasiões relacionadas ao entretenimento ou gastronomia em um determinado local.

O documento sugere investir no ecoturismo como modalidade que ganhou força a partir da pandemia. Neste sentido, o Brasil tem condições propícias com biomas diversos e unidades de conservação.

Para ampliar a segurança dos turistas, o guia recomenda a adoção de selos e certificados, a serem aplicados em estabelecimentos como hotéis, pousadas, restaurantes e atrações turísticas. O texto sugere ampliar a duração das medidas governamentais adotadas para apoiar o setor durante a pandemia.

Para as pequenas e médias empresas, o estudo aponta a importância de crédito e produtos financeiros que permitam a sobrevivência da cadeia do turismo. Para diversificar a malha aérea, o estudo coloca a importância de mecanismos que possibilitem a redução de custos das viagens.

Na cerimônia de lançamento, o ministro do Turismo, Gilson Machado, citou como um dos desafios para a ampliação do turismo no Brasil o idioma português. Ele mencionou um programa de disseminação de um método para facilitar a compreensão de termos em inglês dentro das principais frases e elementos que os operadores turísticos precisam saber.

Demandas

O guia entrevistou diversos empresários e especialistas do setor. Entre as demandas apresentadas está a facilitação do acesso ao crédito, a promoção dos destinos, o estímulo a uma malha aérea e infraestrutura rodoviária e portuária mais competitivas.

Outra reivindicação do setor está vinculada à demanda, nome técnico para se referir ao poder de compra das pessoas. Com menos recursos e impactadas pela crise, os gastos das famílias com o turismo também diminuem.

Empresários ouvidos sugeriram caminhos como o financiamento público a exemplo de programas existentes em outros países, como um voucher de turismo na França e Previaje na Argentina, que devolve parte dos gastos em crédito.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Secom anuncia empresas vencedoras da licitação de comunicação digital do Governo

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Objetivo da contratação é atender ao princípio da publicidade e ao direito à informação, por meio de ações de comunicação digital que visam difundir ideias e orientar o público

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) anunciou, nesta quarta-feira, 24 de abril, as quatro agências de publicidade vencedoras da licitação de R$ 197,7 milhões para atender ao Sistema de Comunicação de Governo do Poder Executivo Federal.

Na sessão pública desta quarta, foi realizado o cotejo das notas atribuídas pela subcomissão técnica sorteada em março deste ano. A análise dos documentos de habilitação pela comissão declarou que as vencedoras da concorrência foram as empresas BR + Comunicação (consórcio BR&TAL), Usina Digital, ⁠IComunicação Integrada e ⁠Clara Serviços. Participaram da disputa 24 empresas.

Os contratos terão duração de um ano e podem ser prorrogados. O valor da licitação é global para as quatro empresas e será distribuído sob demanda, sendo realizada uma seleção interna para prestação dos serviços. A metodologia utilizada será disposta por meio do Manual de Procedimentos de Comunicação Digital.

As empresas selecionadas vão planejar, desenvolver e implementar soluções de comunicação digital, bem como realizar moderação de conteúdo e de perfis em redes sociais, criação e execução técnica de projetos, ações ou produtos e a implementação de formas inovadoras de comunicação.

O edital revela ainda que a contratação “tem como objetivo o atendimento ao princípio da publicidade e ao direito à informação, por meio de ações de comunicação digital que visam difundir ideias e princípios, posicionar instituições e programas, disseminar iniciativas e políticas públicas, informar e orientar o público em geral”.

Trata-se do primeiro processo de licitação de comunicação no modo de disputa da melhor técnica na nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos, a Lei nº 14.133. É a primeira vez que a Secom promove uma concorrência desse tipo voltada à Comunicação Digital.

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