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Em evento, professores e alunos avaliam cenário da pesquisa acadêmica

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A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) promoveu hoje (10) um debate para discutir as dificuldades enfrentadas pelos jovens cientistas no Brasil. Professores e alunos avaliaram o cenário da pesquisa acadêmica no Brasil e os dilemas sobre continuar no país ou se mudar para o exterior para manter o trabalho dedicado à ciência. O painel foi chamado de “Fico ou Não Fico?”, em alusão aos 200 anos do Dia do Fico, quando D. Pedro I decidiu permanecer no Brasil. 

De acordo com Marcio de Miranda Santos, diretor-presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), mestres e doutores têm tido dificuldades para encontrar um emprego formal no Brasil após a formação. Segundo Santos, a empregabilidade está relacionada ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

“Cada vez mais leva-se mais tempo para entrar em um emprego formal no caso dos diplomados em doutorado em nosso país. Quando o PIB vai mal, o emprego vai mal, quando o PIB se recupera, o emprego formal de mestres e doutores também se recupera”, avaliou. 

Durante os debates, Helena Russo, formada em Química pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), disse que vai iniciar um pós-doutorado nos Estados Unidos e pretende voltar ao Brasil para estabelecer uma linha de pesquisa no país. Helena ressaltou que pode trazer o conhecimento que adquirir no exterior e contribuir para o desenvolvimento da ciência brasileira. 

“O que a gente tem observado muito nos últimos anos é uma quantidade de mão de obra altamente qualificada de mestres e doutores que são formados todos os anos no Brasil e que, infelizmente, essa mão de obra não está sendo absorvida. O número de concursos que são abertos e o número de bolsas de pós-doutorado concedidas não são suficientes para todos. Naturalmente, os jovens vão buscar outras oportunidades no exterior, é inevitável”, comentou. 

Patricia Cortelo, formada em Química, disse que fez doutorado no exterior e quando retornou ao Brasil sentiu a escassez do número de bolsas de estudos disponíveis. Ela também deseja ficar no país. 

“Não consigo fazer planos a médio e longo prazo. Meus planos são a curto prazo, tanto pela escassez de concursos, quanto de vagas na indústria. Essa desaceleração industrial do país também afetou bastante essa questão de disponibilidade de vagas”, afirmou. 

Na semana passada, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou que o orçamento previsto para 2022 terá aumento de 17% em relação ao do ano passado e que os recursos permitirão zerar o déficit de pagamento de bolsas de pós-graduação.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

Governo Federal inaugura Casa da Mulher Brasileira de Teresina

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Investimento para a construção da unidade na capital do Piauí foi de R$ 5,5 milhões. Casa é a nona a funcionar em todo o país

O Governo Federal, por meio do Ministério das Mulheres, inaugurou nesta sexta-feira, 8 de março, a Casa da Mulher Brasileira de Teresina (PI). A primeira-dama da República, Janja Lula da Silva, e a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, acompanharam online a cerimônia de entrega da Casa.

O investimento do Governo Federal para a construção da unidade foi de R$ 5,5 milhões. A Casa da Mulher Brasileira de Teresina ocupa 3,6 mil metros quadrados na Rua Dezenove de Novembro, 3102, Bairro Primavera, zona norte da capital, e oferecerá assistência a mulheres vítimas de violência em uma estrutura que contempla serviços de triagem, acolhimento, alojamento, apoio psicossocial e jurídico e promoção de autonomia econômica, além de brinquedoteca para as crianças.

Segundo o Governo do Piauí, de janeiro a dezembro de 2023, o Centro de Operações Policiais Militares (Copom), por meio do 190, registrou em todo o estado 3.361 chamadas relacionadas a casos de violência doméstica. Em 2022, foram 2.540 casos, totalizando um aumento do número de chamadas de 32,32%. As chamadas de emergência em Teresina tiveram um aumento de 20,87%, em 2023. Foram registradas 1.361 chamadas e 1.126 casos em 2022.

A Casa da Mulher Brasileira de Teresina é a nona unidade a funcionar em todo o país. Em dezembro, foi inaugurada a casa de Salvador (BA), onde foram investidos R$ 10 milhões. Ela completou seu primeiro mês com 400 atendimentos realizados. As demais casas estão localizadas em São Paulo (SP), Campo Grande (MS), Fortaleza (CE), São Luís (MA), Curitiba (PR), Boa Vista (RR) e Ceilândia (DF). Entre janeiro e dezembro de 2023, essas unidades atingiram a marca de 197.154 mulheres atendidas.

CENTRO DE REFERÊNCIA – Ainda nesta sexta (8), o Ministério das Mulheres inaugurou o Centro de Referência da Mulher Brasileira (CRMB) no município de Jataí (GO). A unidade, localizada na Avenida Portal do Sol, número 30, Jardim Paraiso, tem 1.430,00 m² de área​ construída e vai prestar atendimento psicossocial e orientação jurídica para as mulheres. O Governo Federal investiu R$ 830 mil na construção e equipagem do CRMB.

A Casa da Mulher Brasileira de Teresina ocupa 3,6 mil metros e oferecerá assistência a mulheres vítimas de violência em uma estrutura que contempla serviços de triagem, acolhimento, alojamento, apoio psicossocial e jurídico e promoção de autonomia econômica –
Foto: Prefeitura de Teresina
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