Geral
Demolição do Viaduto da Samdu é mais uma etapa das obras do Túnel
O Viaduto da Samdu será demolido em 20 dias. A previsão é dos técnicos da Secretaria de Obras e Infraestrutura do DF. O serviço é realizado como complemento dos trabalhos do Túnel de Taguatinga, que este mês completa um ano de construção, com 40% das obras executadas. A retirada do elevado tem como objetivo a construção de nova estrutura que se adapta ao nível da via subterrânea por onde vão circular os veículos. Cerca de 4 mil toneladas de concreto, ferro e massa asfáltica serão retiradas por duas retroescavadeiras adaptadas com uma espécie de broca gigante.
“O viaduto terá nova configuração, mais baixo, para atender, inclusive, a passagem do BRT. Esteticamente, ficará mais bonito”, comenta o engenheiro civil Antônio Carlos Ribeiro Silva, da Secretaria de Obras.
Para que o trabalho de desativação do elevado seja concluído, uma verdadeira operação está sendo executada com a participação de 50 homens. Os trabalhos tiveram início no último sábado (24), e, em seis meses, o novo viaduto deverá estar concluído. No momento, as máquinas e operários estão finalizando a retirada dos tirantes e cabos de aço de proteção de um dos lados do tabuleiro, como é chamada a pista sobre a ponte.
“A ideia é construir uma nova estrutura a 150 metros do antigo viaduto para atender as necessidades atuais”, comenta o técnico da Secretaria de Obras. Com o avanço dos serviços no setor, o trânsito, desde o dia 1º deste mês, sofre alterações no centro de Taguatinga.
Aqueles que desejarem seguir para a Avenida Elmo Serejo deverão passar pela via marginal do Centro e pelo novo acesso construído. Já quem faz o sentido contrário, para a EPTG, passará por um desvio e seguirá pela pista de acesso à Avenida das Palmeiras. Para atravessar da Samdu Sul para a Samdu Norte, será preciso passar pela pista ao lado da Feira dos Importados, cruzar a Elmo Serejo e seguir pela alça do viaduto.
Fim de um símbolo
A consolidação de mais essa etapa da construção do Túnel de Taguatinga tem mexido com a rotina de quem passa pelo local. Os transtornos são evidentes, mas é unânime o consenso de que tudo seja por uma boa causa. Com a experiência de quem tem 35 anos de praça, o taxista Helson Jorge de Oliveira, 70 anos, acredita que a obra é fundamental para quem trafega na região.
“É uma obra necessária que vai melhorar em 100% [o percurso] para quem vem do Plano Piloto e vai para a Ceilândia, por exemplo”, avalia o profissional. “Desde que começaram as obras, tudo está bem conturbado, para quem passa de ônibus ou de carro, mas sabemos que é para melhorar para todo mundo”, releva Patrícia Santos, 43 anos.
O projeto do Viaduto da Samdu é de 1974, tendo sido entregue à população no início dos anos 1980. Antes, no local, existia uma rotatória que era o ponto final da Avenida Central. O termo “Samdu” vem do antigo “Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência”, (S.A.M.D.U.), localizado no início da avenida.
Geral
PIB da indústria e do setor de serviços em Goiás alcançam maior índice da história
Todas as atividades que compõem o índice registraram números recordes de volume de produção em 2023. SIC destaca crescimento industrial goiano de 3,8%, duas vezes maior do que o nacional, de 1,6%
O Produto Interno Bruto (PIB) dos setores industrial e de serviços em Goiás alcançou, em 2023, o maior nível da série histórica, de acordo com boletim divulgado pelo Instituto Mauro Borges (IMB) nesta semana. O crescimento estimado para o referido ano é de 3,8% e 2,2%, respectivamente. O resultado contribui para a projeção da alta – também inédita – de 4,4% do PIB geral do Estado, número maior do que o aumento nacional previsto de 2,9%.
Os dados também mostraram que o crescimento do PIB industrial goiano, no ano passado, foi duas vezes maior do que o do país (3,8% x 1,6%). Aliás, desde 2022, o setor secundário em Goiás tem conseguido manter resultados positivos em todos os trimestres, influenciado, principalmente, pelo desempenho da indústria de transformação.
“Esse cenário positivo se deve a uma série de fatores, que incluem a boa gestão do governador em áreas como segurança pública, saúde e educação, imprescindível para atrair e manter empresas aqui, além da eficiência e desburocratização dos nossos incentivos fiscais, como o Programa de Desenvolvimento Regional, o PróGoiás, e da redução do nosso custo produtivo ao longo dos anos”, explica o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Joel de Sant’Anna Braga Filho.
O estudo do IMB apontou ainda que o custo Brasil em Goiás caiu 3,7 pontos percentuais de 2018 a 2022, uma diminuição maior do que a registrada nas outras unidades federativas, de cerca de 1,8%, para o mesmo período analisado.
Para os empresários, o reflexo de índices econômicos tão robustos é percebido de forma direta no dia a dia. O Grupo Kelldrin é uma indústria familiar que atua no mercado nacional desde 2003, nos setores de saúde animal, saúde ambiental e saúde humana. A indústria está localizada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) e o escritório, no Polo Empresarial de Aparecida de Goiânia.
“Nós tivemos 35% de crescimento esse ano. Eu falo que Goiás é o estado centro do Brasil para o mundo e a gente tem muito apoio do governador. Os incentivos no nosso estado, e também o que acontece no Brasil, aumentam ainda mais os empregos e melhoram a qualidade de vida das pessoas”, ressalta Vinícius Kelldrin, um dos proprietários do empreendimento.
Destaque no Brasil
A indústria goiana cresceu 12% no quarto trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa taxa foi quatro vezes maior do que a apurada no setor secundário brasileiro, também para igual recorte temporal, de 2,9%. A indústria nacional apresentou taxa de 2,9% no mesmo período de análise. Em Goiás, os maiores crescimentos foram na indústria extrativa (16,5%) e na de transformação (15,5%).
Já o setor de serviços cresceu 2,2% no ano de 2023, comparado ao mesmo período do ano anterior. Os serviços de informação e comunicação, e os de transportes, auxiliares aos transportes e correios tiveram os maiores crescimentos anuais, com taxas de 11,4% e 9,8%, respectivamente. Além disso, o comércio, com grande participação dentro do setor, encerrou o ano com uma estimativa de crescimento de 3,5%.
Maior saldo na balança comercial
Segundo informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), coletadas pelo IMB, em 2023, o estado de Goiás atingiu o maior saldo da balança comercial registrado desde 1997, sendo FOB US$ 9,09 bilhões, acréscimo de 11,3% em relação a 2022. Desde 2021, o saldo da balança comercial do estado vem apresentando expressivos aumentos.
O valor exportado alcançou a segunda posição mais elevada na série histórica (FOB US$ 13,97 bilhões), sendo o melhor resultado observado em 2022. No que diz respeito às importações, em 2023, o estado atingiu o quinto maior valor importado desde 1997 (FOB US$ 4,88 bilhões).
Adicionalmente, o volume exportado, em 2023, alcançou seu maior patamar desde o início da série (22,7 milhões de toneladas). Do outro lado da balança, o estado de Goiás importou um total equivalente a 3,5 milhões de toneladas, sendo o quarto maior volume importado desde o início da série histórica.
Fotos: Divulgação / Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços – Governo de Goiás
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