Economia

Custo de vida desacelera em maio na região metropolitana de São Paulo

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O Custo de Vida por Classe Social (CVCS) apontou alta de 0,6% em maio na região metropolitana de São Paulo. Mesmo assim o resultado demonstra uma desaceleração no custo de vida já que, no mês anterior, a variação registrada foi 1,33%.

Segundo o índice da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a desaceleração foi resultado, principalmente, da redução da tarifa da energia elétrica residencial (-11,7%), após o regresso à bandeira verde, o que refletiu nos custos ligados à habitação que recuaram 1,6%.

No grupo da habitação, a queda do preço do gás de botijão (-3%) também contribuiu para a menor alta do CVCS. A maioria dos outros grupos analisados teve aumento, sendo a mais significativa a dos transportes, de 1,99%. A alta foi puxada tanto pelo comércio quanto pelos serviços. No primeiro caso, houve elevações da gasolina (1,3%) e do óleo diesel (4,2%), além de alta das motocicletas (3,3%) e dos acessórios e peças (2%). Já no segundo, o que mais influenciou o resultado foi o aumento das passagens aéreas (21,6%), impactado, também, pela subida do preço do petróleo.

Segundo o índice, a alimentação, que subiu 0,66%, espalha a inflação em diversos itens, como o queijo (4,5%), o feijão (6,7%), o pão francês (1,6%) e a alcatra (3,4%). Produtos que subiram excessivamente nos últimos meses tiveram correções nos seus valores, como o tomate, que lidera a queda, com -25,2%, seguido da alface (-4,4%) e da cenoura (-17,5%).

O reajuste dos preços dos medicamentos no fim de abril impactou os custos ligados à saúde, que subiram 1,05%, encarecendo os anti-inflamatórios (3,8%); os analgésicos e antitérmicos (3,4%); os produtos de higiene e beleza (5,1%); e os sabonetes (2,8%). O impacto foi maior para as faixas de renda mais baixas: para as classes E e D houve avanços de 1,97% e de 1,68%. Já para a classe A, o aumento médio foi de 0,98%.

O vestuário apresentou alta de 1,88% em maio, com destaque para as camisas e as calças infantis, ambos com variação de 3,8%, seguidas das camisas masculinas e as calças femininas (3,7%). As outras altas foram verificadas nos artigos do lar (0,36%); nas despesas pessoais (0,45%); e na comunicação (0,17%). Apenas o grupo da educação apresentou queda (-0,05%).

“Ainda não é possível apontar a desaceleração como uma tendência para o custo de vida na região metropolitana de São Paulo. As commodities agrícolas e de energia continuam em alta no mercado internacional. Além disso, o câmbio sofre pressão, o que dificulta o cenário de redução dos importados e de produtos negociados e relacionados à moeda norte-americana internamente”, analisou a FecomercioSP.

Segundo a entidade, vale ressaltar o novo reajuste dos combustíveis feito pela Petrobras em junho, o que deve manter o CVCS pressionado. Ainda que os preços de alguns itens da alimentação, que tiveram grande aumento no início do ano, estejam voltando à normalidade, afetam menos o CVCS. Portanto, não há indicativo de melhora nos custos e no impacto do orçamento das famílias no curto prazo.

Edição: Lílian Beraldo

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Brasil gera 306 mil novos postos de trabalho em fevereiro e soma saldo de quase meio milhão no bimestre

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Acumulado de vagas formais em janeiro e fevereiro é de 474.614 novos postos. País tem estoque de trabalho formal de 45,99 milhões de empregos

O Brasil registrou, em fevereiro de 2024, uma forte ampliação do mercado formal de trabalho em comparação com janeiro. No segundo mês do ano, foram gerados 306.111 postos com carteira assinada, o que representa 137.608 novos empregos a mais em relação a janeiro, quando foram geradas 168.503 vagas.

O resultado de fevereiro é fruto da diferença entre o total de 2,24 milhões de pessoas admitidas e 1,94 milhão de desligamentos em todo o país. Os dados do Novo Caged foram apresentados nesta quarta-feira, 27 de março, pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, em entrevista coletiva.

Com os números registrados em janeiro e fevereiro, o Brasil acumula quase meio milhão de novas vagas formais de trabalho e chega a um saldo de 474.614 empregos gerados. Em relação ao estoque total de pessoas empregadas do país, o Brasil registrou em fevereiro 45,99 milhões de postos formais, um crescimento de 1,04% em relação a fevereiro do ano passado.

Os indicadores foram positivos em todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas: serviço, indústria, comércio, agropecuária e construção. Destaque para o setor de Serviços, que respondeu pela criação de 193 mil vagas.. Em seguida aparecem a Indústria (+54,4 mil), a Construção (+35 mil), o Comércio (+19,7 mil) e a Agropecuária (+3,7 mil).

ESTADOS – São Paulo foi liderou o ranking das 24 unidades da Federação cujos saldos de empregos formais gerados foi positivo em fevereiro. O estado registrou 101.163 novos postos com carteira assinada, com destaque para o setor de Serviços, que abriu 67.750 vagas. Minas Gerais, com 35,9 mil, e Paraná, com 33 mil, completam o trio dos estados com maior saldo no mês. Fevereiro foi um mês com queda para os estados da Paraíba (-9), Maranhão (-1,2 mil) e Alagoas (-2,8 mil).

ACUMULADO NO ANO – Quando somados os meses de janeiro e fevereiro de 2024, quatro dos cinco grandes grupos setores da economia registraram saldos positivos. O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de Serviços, com 268,9 mil novos postos (56,7%), com destaque para atividades de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (121.233) e para as atividades de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (93.533).

A Indústria apresentou saldo de 120 mil postos de trabalho, com destaque para a fabricação de produtos alimentícios (+12,7 mil) e para a fabricação de veículos automotores (+9,9 mil); a Construção gerou 81,7 mil novos postos e a Agropecuária fechou o período com saldo de 25,7 mil. Apesar da recuperação em fevereiro, o setor do Comércio ainda registra queda no período (-21,8 mil).

Nas unidades da Federação, o maior saldo foi registrado em São Paulo, que somou quase 137,5 mil novos postos nos dois primeiros meses do ano. Santa Catarina, com saldo de 52,1 mil, e Paraná (+52 mil) completam a lista dos três estados que mais abriram vagas no bimestre.

SALÁRIOS – O salário médio real de admissão em fevereiro foi de R$ 2.082,79, com uma diminuição de (- 2,4%) em comparação com o valor de janeiro (R$ 2.133,21). Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de R$ 28,29 (+1,4%).

DADOS POPULACIONAIS – No recorte por características populacionais, 159,1 mil postos gerados em fevereiro foram ocupados por pessoas do sexo feminino, enquanto 146,9 mil foram preenchidos por trabalhadores do sexo masculino.

A maior geração ocorreu para jovens entre 18 e 24 anos (+137,4 mil postos), sendo o saldo no mês positivo para pardos, com 230 mil novas vagas; brancos (+172,8 mil); pretos (+44,2 mil); amarelos (+5,4 mil) e indígenas (+2,9 mil).

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