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CPI do Leite se reúne na tarde desta quinta-feira, 23

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Será realizada, na tarde desta quinta-feira, 23, a segunda reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades na cadeia produtiva do leite em Goiás. O encontro será conduzido pelo presidente da CPI, deputado Amauri Ribeiro (UB), e contará com a presença dos demais membros do colegiado. 

Em pauta, estão previstas discussões referentes ao sigilo fiscal das empresas e à suposta quebra de confidencialidade. A reunião acontece a partir das 13h30, com transmissão ao vivo pela TV Alego (canais 3.2 da TV aberta, 8 da NET Claro e 7 da Gigabyte Telecom), site do Parlamento e, ainda, no canal do Youtube.

Objetivo

A CPI do Leite foi instalada no início de maio e tem como principal objetivo investigar os baixos preços pagos ao produtor e a suposta prática de alteração de valor real na emissão de notas fiscais. “Queremos saber onde está a falha nessa cadeia. Vamos chamar representantes de laticínios, comércio atacadista e varejista para encontrar o erro. Essa CPI trará à tona irregularidades da cadeia, como o fato de o produtor só receber 50 dias depois de entregar o leite, sem saber o valor que será pago”, ponderou.

“Temos 70 mil produtores de leite em Goiás e muitos estão abandonando a produção pela inviabilidade dos preços baixos pagos pelos laticínios, sem justificativa. Muitos estão passando por dificuldades e o nosso objetivo é descobrir o que motiva esses preços baixos injustificados”, frisou o parlamentar, durante o primeiro encontro do colegiado.

Composição

Dez parlamentares fazem parte da comissão, sendo cinco titulares e cinco suplentes. Além do presidente, deputado Amauri Ribeiro (UB), são titulares os seguintes: o relator, deputado Delegado Eduardo Prado (PL); Delegado Humberto Teófilo (Patriota), Karlos Cabral (PSB) e Wilde Cambão (PSD). Já os suplentes são os parlamentares Dr. Antonio (UB); Rubens Marques (UB), Paulo Cezar Martins (PL), Wagner Camargo Neto (PRTB) e Francisco Oliveira (MDB).

“Eu já fui relator de três CPIs enquanto vereador. A exemplo da CPI das obras paradas, SMT e ambulâncias e UTIs. Faremos um trabalho célere e transparente porque já temos experiência e precisamos investigar as situações de forma profunda”, destacou Eduardo Prado, ao agradecer a oportunidade de relatar os trabalhos da comissão. 

Requerimentos

Dentre os requerimentos apresentados e aprovados, está a convocação das indústrias Italac, Piracanjuba, Lactalis, Marajoara e Nestlé, para que apresentem notas fiscais dos produtos como: Leite UHT longa vida litro, leite em pó integral sachê 400 g, queijo muçarela e prato quilo, peça, pedaço e barra, creme de leite cartonada 200 g e lata 300 g, leite condensado cartonada 270 g e lata 375 g.

O segundo requerimento delibera a convocação de representantes dos seguintes supermercados: Assaí, Extra, Bretas, Carrefour, Big, Pró-Brasilian e Tatico. Deverão ser apresentadas notas fiscais finais de venda dos produtos descritos acima. De acordo com o requerimento, as empresas citadas deverão enviar a documentação solicitada no prazo máximo de dez dias contados a partir do recebimento da convocação.

“Essa CPI está sendo instaurada ao mesmo tempo nos estados do Mato Grosso, Minas Gerais e Santa Catarina, porque todas as empresas citadas aqui atuam nesses estados”, informou Amauri Ribeiro.

Temas a serem debatidos pelo colegiado:

Dentre os temas a serem debatidos pela CPI do Leite, estão os seguintes:

  • Causas do não prévio ajuste de pagamento entre o leiteiro e o laticínio;
  • Razões dos baixos preços recebidos pelos produtores;
  • Combate ao dumping (praticar preços inferiores ao do mercado);
  • Fortalecimento das cooperativas de leite;
  • Defesa da livre concorrência;
  • Análise sobre a lei antitruste (legislação contrária à formação de monopólios e outras estruturas que prejudicam a livre concorrência);
  • Verificação dos contratos de fornecimento e dos preços pagos;
  • Estímulo ao consumo de leite em embalagens alternativas à de longa vida, monopolizados pela Tetra Pak;
  • Abertura de novas linhas de crédito;
  • Alongamento de dívidas;
  • Implementação de uma política para promoção das exportações do leite e de seus derivados;
  • Inclusão do leite em programas sociais do Governo e na merenda escolar das escolas públicas;
  • Inclusão do leite na Política de Garantias e de Preços Mínimos (PGPM);
  • Combate às fraudes.

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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