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Contratos de estágio crescem 18% neste ano, informa Ciee

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Pesquisa divulgada hoje (10) pelo Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) mostra que, no primeiro trimestre deste ano, o Brasil tinha 726,6 mil estagiários. O número representa, segundo o estudo, um crescimento de 18,2% em comparação com o mesmo período de 2021.

No ano passado, a pesquisa apontou que o país tinha 707,9 mil estagiários. A maior concentração foi registrada na Região Sudeste, com 298,5 mil estudantes em programas de estágio, sendo São Paulo o estado com maior número – 138,8 mil. O Ciee foi responsável pelos contratos de 237 mil estagiários em 2021, o que representa 33,5% do total.

O estudo foi elaborado em parceria com a consultoria Tendências a partir da base de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram considerados estagiários os trabalhadores que também estudavam, sem carteira assinada, com mais de 16 anos, com contratos que não superem dois anos, trabalhando até seis horas por dia em ocupações pré-determinadas.

De acordo com o analista da Tendências, Lucas Assis, o crescimento no número de estagiários neste ano acontece devido à volta das atividades presenciais, após dois anos de medidas restritivas impostas pela pandemia de covid-19, e também pela recuperação econômica. “Nesse início de ano de 2022, a economia brasileira no geral se mostrou mais resiliente do que se esperava”, ressaltou.

No entanto, a expansão acontece em comparação com uma base defasada, dos anos de 2020 e 2021, período em que houve uma grande queda no número de contratos de estágios. Por isso, segundo ele, a quantidade de pessoas ocupadas nessa forma de trabalho ainda está abaixo de 2019, antes da crise sanitária. A projeção da pesquisa é que em 2023 o número de contratos de estágio cresça 8,6% em relação a este ano.

Perfil e atividades

Em 2021, as atividades jurídicas foram as que mais empregaram estagiários, com 56,7 mil vagas em todo o país. As escolas dos ensinos infantil e fundamental contrataram 55,6 mil estagiários. A administração pública estadual, em atividades que excluem a educação registrou 46,4 mil contratos, e a nível municipal, 45,5 mil. A educação superior teve 35,6 mil estagiários.

Em relação ao perfil dos estagiários, a pesquisa mostra que 40,4% são das classes D e E, vivendo em lares com renda domiciliar mensal de até R$ 3 mil. A classe C, com renda entre R$ 3 mil e R$ 7,2 mil, responde 37,7% dos contratados. Estão na classe B, com renda domiciliar mensal entre R$ 7,2 mil e 22,5 mil, 17,9% dos contratados, enquanto 4% são da classe A, com famílias com renda acima desse patamar.

Segundo o presidente-executivo do Ciee, Humberto Casagrande, a maior parte das oportunidades oferece bolsas mais baixas e são procuradas por jovens também de famílias com renda menor. “O volume do estágio está nas prefeituras, nos tribunais de justiça, nas secretarias de educação e esses estágios são bastantes demandados pelos jovens de classe mais baixa”, disse.

As vagas melhor remuneradas, em grandes escritórios, acabam ficando, segundo Casagrande, com os estudantes que tiveram formação em escolas de ponta.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: EBC Geral

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Ação Social

Governo Federal inaugura Casa da Mulher Brasileira de Teresina

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Investimento para a construção da unidade na capital do Piauí foi de R$ 5,5 milhões. Casa é a nona a funcionar em todo o país

O Governo Federal, por meio do Ministério das Mulheres, inaugurou nesta sexta-feira, 8 de março, a Casa da Mulher Brasileira de Teresina (PI). A primeira-dama da República, Janja Lula da Silva, e a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, acompanharam online a cerimônia de entrega da Casa.

O investimento do Governo Federal para a construção da unidade foi de R$ 5,5 milhões. A Casa da Mulher Brasileira de Teresina ocupa 3,6 mil metros quadrados na Rua Dezenove de Novembro, 3102, Bairro Primavera, zona norte da capital, e oferecerá assistência a mulheres vítimas de violência em uma estrutura que contempla serviços de triagem, acolhimento, alojamento, apoio psicossocial e jurídico e promoção de autonomia econômica, além de brinquedoteca para as crianças.

Segundo o Governo do Piauí, de janeiro a dezembro de 2023, o Centro de Operações Policiais Militares (Copom), por meio do 190, registrou em todo o estado 3.361 chamadas relacionadas a casos de violência doméstica. Em 2022, foram 2.540 casos, totalizando um aumento do número de chamadas de 32,32%. As chamadas de emergência em Teresina tiveram um aumento de 20,87%, em 2023. Foram registradas 1.361 chamadas e 1.126 casos em 2022.

A Casa da Mulher Brasileira de Teresina é a nona unidade a funcionar em todo o país. Em dezembro, foi inaugurada a casa de Salvador (BA), onde foram investidos R$ 10 milhões. Ela completou seu primeiro mês com 400 atendimentos realizados. As demais casas estão localizadas em São Paulo (SP), Campo Grande (MS), Fortaleza (CE), São Luís (MA), Curitiba (PR), Boa Vista (RR) e Ceilândia (DF). Entre janeiro e dezembro de 2023, essas unidades atingiram a marca de 197.154 mulheres atendidas.

CENTRO DE REFERÊNCIA – Ainda nesta sexta (8), o Ministério das Mulheres inaugurou o Centro de Referência da Mulher Brasileira (CRMB) no município de Jataí (GO). A unidade, localizada na Avenida Portal do Sol, número 30, Jardim Paraiso, tem 1.430,00 m² de área​ construída e vai prestar atendimento psicossocial e orientação jurídica para as mulheres. O Governo Federal investiu R$ 830 mil na construção e equipagem do CRMB.

A Casa da Mulher Brasileira de Teresina ocupa 3,6 mil metros e oferecerá assistência a mulheres vítimas de violência em uma estrutura que contempla serviços de triagem, acolhimento, alojamento, apoio psicossocial e jurídico e promoção de autonomia econômica –
Foto: Prefeitura de Teresina
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