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Cenário econômico no Brasil e no mundo pós-covid-19

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A Secretaria de Economia (Seec-DF) promoveu, nesta quarta-feira (23), o “Tempo de Economia” para falar sobre as perspectivas e ações pós-covid-19. O encontro reuniu especialistas e representantes do poder público em debate sobre os desafios e as iniciativas voltadas para o reaquecimento das atividades econômicas. O evento on-line foi mediado pelo secretário de Economia, André Clemente, e transmitido pelo canal da pasta no YouTube.

“Para se ter uma ideia do que foi o choque do coronavírus, em 2020, a gente saiu no mundo de um crescimento de 2.5%, em 2019, para uma recessão mundial de 3.5%, em 2020, com as economias avançadas caindo 7.7% e as emergentes caindo 1.7%, aí um pouco seguradas pela própria China”Fabiano Silvio Colbano, economista do Banco Mundial

De acordo com o secretário André Clemente,  o “Tempo de Economia é um momento onde, num ambiente digital, ouviremos vários especialistas, trocaremos várias experiências para pensar em fazer um diagnóstico do que está acontecendo no cenário mundial, nacional e local, em relação à economia e todas as questões que decorrem a partir daí como a social, infraestrutura e uma série de ações”.

O convidado para apresentar o painel “O cenário econômico no pós-covid-19 mundo e Brasil: análises e perspectivas” foi o economista do Banco Mundial Fabiano Silvio Colbano, que contou com a assistência de Raphael Pinto Fernandes, consultor do Banco Mundial e analista da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).

Fabiano Colbano falou sobre os impactos da pandemia, em 2020, e as perspectivas de crescimento nos próximos anos. Segundo ele, a pandemia não foi um choque temporário e trará importantes implicações econômicas e sociais no mundo e no Brasil. “Para se ter uma ideia do que foi o choque do coronavírus, em 2020, a gente saiu no mundo de um crescimento de 2.5%, em 2019, para uma recessão mundial de 3.5%, em 2020, com as economias avançadas caindo 7.7% e as emergentes caindo 1.7%, aí um pouco seguradas pela própria China”, afirmou.

O economista relatou que as perspectivas são de recuperação econômica este ano. “Agora em 2021 esperamos uma recuperação como um todo, muito ligada ao próprio cenário da pandemia e da vacinação, que é a medida de política econômica mais relevante para conseguir controlar a pandemia e ter os benefícios econômicos”, comentou. Segundo ele, tudo está muito ligado às estratégias e à velocidade da implementação dos programas de vacinação.

“Agora em 2021 esperamos uma recuperação como um todo, muito ligada ao próprio cenário da pandemia e da vacinação, que é a medida de política econômica mais relevante para conseguir controlar a pandemia e ter os benefícios econômicos”Fabiano Silvio Colbano, economista do Banco Mundial

Com relação à expectativa de crescimento, o economista do Banco Mundial afirmou que há uma possibilidade mundial de crescimento de 5.6% em 2021 saindo da recessão de 3.5%. “No caso do Brasil, a gente sai de uma recessão de 4.5%, em 2020, para um crescimento ao redor de 4.5%. Então, a gente deve observar essa recuperação na atividade em 2021”, afirmou.

De acordo com o painelista, na primeira onda da pandemia os impactos foram mais sentidos nas economias desenvolvidas, por conta das medidas de restrição para controlar o avanço do vírus. Já no segundo choque, em 2021, foi mais focado nas economias emergentes, devido ao avanço da vacinação dos países desenvolvidos. “Por que que isso está acontecendo? por conta do avanço da vacinação em países como Estados Unidos e Israel por exemplo, do que nas economias emergentes”, justificou.

O economista do Banco Mundial também destacou que a recuperação da renda per capita depois de dois anos de um choque como a pandemia, deve ser mais rápida nas economias avançadas do que nas emergentes. “As economias emergentes devem demorar mais de 2 anos para recuperar o nível de renda per capita que elas tinham pré-pandemia”, ponderou.

Ele também comentou sobre as perspectivas inflacionárias que estão sofrendo aumento generalizado, não apenas no Brasil como em todo o mundo. Ele atribui esse fato aos estímulos econômicos para mitigar os efeitos da pandemia e à elevação dos preços das comodities no mercado internacional.

Fabiano Colbano enfatizou que os países emergentes devem voltar sua atenção para a produtividade e os investimentos. “Uma chave importante para o crescimento de longo prazo é prestar atenção na taxa de crescimento da produtividade e nos investimentos, principalmente nas economias emergentes”, disse. Na sua opinião, educação, investimento e infraestrutura ajudam a promover os ganhos de produtividade necessários para um crescimento potencial um pouco mais rápido.

O painel “O Cenário Econômico no pós-covid-19 mundo e Brasil: análises e perspectivas” também abordou os efeitos da pandemia no mercado de trabalho. Segundo os estudos, o principal setor econômico mais impactado foi o setor de serviços, que corresponde a mais de 60% do PIB brasileiro e é o que mais emprega no Brasil.

O secretário André Clemente lembrou das medidas adotadas pelo governo para minimizar os efeitos da pandemia, entre elas, a desoneração fiscal. “Não só no setor de serviços, mas como em qualquer atividade, os incentivos fiscais têm de ser vistos com muita responsabilidade”, disse. Ele defendeu as medidas adotas a nível local e afirmou que os incentivos fiscais acabam aumentando a arrecadação em determinado segmento. “Então, num momento de pandemia ou fora da pandemia ele tem que ser visto com muita responsabilidade”, afirmou.

*Com informações da Secretaria de Economia

Fonte: Governo DF

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PIB da indústria e do setor de serviços em Goiás alcançam maior índice da história

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Todas as atividades que compõem o índice registraram números recordes de volume de produção em 2023. SIC destaca crescimento industrial goiano de 3,8%, duas vezes maior do que o nacional, de 1,6%

O Produto Interno Bruto (PIB) dos setores industrial e de serviços em Goiás alcançou, em 2023, o maior nível da série histórica, de acordo com boletim divulgado pelo Instituto Mauro Borges (IMB) nesta semana. O crescimento estimado para o referido ano é de 3,8% e 2,2%, respectivamente. O resultado contribui para a projeção da alta – também inédita – de 4,4% do PIB geral do Estado, número maior do que o aumento nacional previsto de 2,9%.

Os dados também mostraram que o crescimento do PIB industrial goiano, no ano passado, foi duas vezes maior do que o do país (3,8% x 1,6%). Aliás, desde 2022, o setor secundário em Goiás tem conseguido manter resultados positivos em todos os trimestres, influenciado, principalmente, pelo desempenho da indústria de transformação.

“Esse cenário positivo se deve a uma série de fatores, que incluem a boa gestão do governador em áreas como segurança pública, saúde e educação, imprescindível para atrair e manter empresas aqui, além da eficiência e desburocratização dos nossos incentivos fiscais, como o Programa de Desenvolvimento Regional, o PróGoiás, e da redução do nosso custo produtivo ao longo dos anos”, explica o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Joel de Sant’Anna Braga Filho.

O estudo do IMB apontou ainda que o custo Brasil em Goiás caiu 3,7 pontos percentuais de 2018 a 2022, uma diminuição maior do que a registrada nas outras unidades federativas, de cerca de 1,8%, para o mesmo período analisado.

Para os empresários, o reflexo de índices econômicos tão robustos é percebido de forma direta no dia a dia. O Grupo Kelldrin é uma indústria familiar que atua no mercado nacional desde 2003, nos setores de saúde animal, saúde ambiental e saúde humana. A indústria está localizada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) e o escritório, no Polo Empresarial de Aparecida de Goiânia.

“Nós tivemos 35% de crescimento esse ano. Eu falo que Goiás é o estado centro do Brasil para o mundo e a gente tem muito apoio do governador. Os incentivos no nosso estado, e também o que acontece no Brasil, aumentam ainda mais os empregos e melhoram a qualidade de vida das pessoas”, ressalta Vinícius Kelldrin, um dos proprietários do empreendimento.

Destaque no Brasil
A indústria goiana cresceu 12% no quarto trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa taxa foi quatro vezes maior do que a apurada no setor secundário brasileiro, também para igual recorte temporal, de 2,9%. A indústria nacional apresentou taxa de 2,9% no mesmo período de análise. Em Goiás, os maiores crescimentos foram na indústria extrativa (16,5%) e na de transformação (15,5%).

Já o setor de serviços cresceu 2,2% no ano de 2023, comparado ao mesmo período do ano anterior. Os serviços de informação e comunicação, e os de transportes, auxiliares aos transportes e correios tiveram os maiores crescimentos anuais, com taxas de 11,4% e 9,8%, respectivamente. Além disso, o comércio, com grande participação dentro do setor, encerrou o ano com uma estimativa de crescimento de 3,5%.

Maior saldo na balança comercial
Segundo informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), coletadas pelo IMB, em 2023, o estado de Goiás atingiu o maior saldo da balança comercial registrado desde 1997, sendo FOB US$ 9,09 bilhões, acréscimo de 11,3% em relação a 2022. Desde 2021, o saldo da balança comercial do estado vem apresentando expressivos aumentos.

O valor exportado alcançou a segunda posição mais elevada na série histórica (FOB US$ 13,97 bilhões), sendo o melhor resultado observado em 2022. No que diz respeito às importações, em 2023, o estado atingiu o quinto maior valor importado desde 1997 (FOB US$ 4,88 bilhões).

Adicionalmente, o volume exportado, em 2023, alcançou seu maior patamar desde o início da série (22,7 milhões de toneladas). Do outro lado da balança, o estado de Goiás importou um total equivalente a 3,5 milhões de toneladas, sendo o quarto maior volume importado desde o início da série histórica.

Fotos: Divulgação / Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços – Governo de Goiás

 

 

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