Economia

BNDES apoia plantio de 7,4 milhões de árvores em Minas Gerais

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O plantio de 1,48 milhão de metros cúbicos (m³) de madeira de eucalipto, equivalentes a 7,4 milhões de árvores, nos municípios de Grão Mogol, Josenópolis e Padre Carvalho, no norte de Minas Gerais, terá apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de até R$ 27,4 milhões, cerca de 80% do total investido no projeto. O financiamento ocorre no âmbito do BNDES Finem (Financiamento a Empreendimentos).

Segundo a Norflor Empreendimentos Agrícolas, empresa responsável pelo projeto, o plantio trará como impacto ambiental positivo a absorção de mais de 1,8 milhão de toneladas de gás carbônico (CO2) equivalentes, principal componente dos gases de efeito estufa. Esse valor equivale ao carbono lançado na atmosfera por mais de 48 mil automóveis.

O superintendente da área industrial do BNDES, Marcos Rossi, disse hoje (30) que o projeto da Norflor vai contribuir para promover a captura de carbono e consequente redução da disponibilidade de gases causadores do efeito estufa. 

Ele destacou que, “adicionalmente, o investimento realizado em municípios de baixa renda e baixo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), onde a empresa possui participação relevante, é crucial para a redução das desigualdades regionais”.

Florestamento

O programa vai ser realizado em uma área de até 8.500 hectares e prevê a comercialização da madeira de eucalipto daqui a sete anos, tempo estimado para o ciclo completo do plantio. 

O processo de florestamento contempla ainda as atividades de reforma e rebrota. A primeira consiste no plantio de novas mudas de eucalipto, clones mais adaptados e produtivos, em terras onde já ocorreram colheitas. 

Já a rebrota se caracteriza pelo manejo de uma nova plantação sobre os troncos das árvores que foram cortadas recentemente, esclareceu o BNDES, por meio de sua assessoria de imprensa. De acordo com o banco, mais de 76% do apoio financeiro ao projeto da Norflor estão relacionados a essas duas atividades

A Norflor está sediada em Montes Claros (MG) e tem como principais atividades o desenvolvimento de ativos florestais, comercialização de madeiras, prestação de serviços de gestão florestal e produção e comercialização de carvão vegetal. 

Edição: Kleber Sampaio

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Economia

Caiado propõe indexação da dívida dos estados a IPCA mais 1%

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Encontro de governadores e representantes de cincos estados com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, em Brasília, resulta em acordo para apresentação de proposta de reajuste no IPCA ao Ministério da Fazenda

O governador Ronaldo Caiado apresentou nesta segunda-feira (15/04) propostas para renegociação das dívidas dos estados, com foco na indexação. A reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em Brasília, contou com a participação de governadores e representantes de outros quatro estados. No encontro ficou acordado que os governadores vão propor ao Ministério da Fazenda a correção das dívidas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 1% ao ano.

“O que nós estamos pedindo são indexadores justos e uma renegociação também para que haja flexibilização no teto de investimento e não sejamos engessados, como está hoje a maioria dos estados brasileiros”, pontuou Caiado ao final do encontro.

O indexador da dívida atualmente é o CAM que, somado a mais 4% de juros ao ano, dá a taxa Selic de 11% ao ano. Já a proposta apresentada pelo gestor goiano, em parceria com os governadores Cláudio Castro (RJ), Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema, (MG), além do vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, visa a redução do indexador para IPCA mais 1% ao ano, tornando o índice mais vantajoso para a correção dos valores devidos pelos estados à União, possibilitando o investimento em outras áreas.

Ronaldo Caiado ressaltou que dívidas acrescidas por indexadores extorsivos inviabilizam o investimento nos estados. “O parcelamento da dívida chega a percentuais que impossibilitam investir em infraestrutura. Os entes federativos estão imobilizados devido a essas correções das dívidas que chegam a níveis estratosféricos, não restando nada para que os governos possam atender à necessidade de crescimento”, disse.

Governador Ronaldo Caiado, se reúne com Rodrigo Pacheco, em Brasília, para apresentar proposta de indexação de dívida dos estados

Governador Ronaldo Caiado, se reúne com Rodrigo Pacheco, em Brasília, para apresentar proposta de indexação de dívida dos estados

“Temos que exigir responsabilidade fiscal dos estados, mas também ficar bloqueado com teto de gastos e com esse indexador, com a dívida sendo reajustada nessa proporção, nos inviabiliza de caminhar”, finalizou o governador de Goiás.

A proposta discutida com o presidente do Senado prevê que os estados menos endividados poderão obter acesso a novas operações de crédito. Os que cumprirem todos os compromissos estabelecidos terão reduções de juros permanentes até o prazo final da vigência dos contratos aditivados. Ficam afastados também todos os limites e condições para a realização de operação de crédito ou para a contratação com a União nas celebrações de acordo.

O texto destaca que os estados que apresentarem boa capacidade de pagamento terão tratamento prioritário e célere quanto às análises e avaliações dos pleitos de operação de crédito. Outro item acrescenta pelo menos 50% do PIB ao teto, e exclui as despesas de saúde e educação da limitação de crescimento prevista em Regimes de Recuperação ou de Reequilíbrio Fiscal dos Estados e do Distrito Federal.

O Ministério da Fazenda deve apresentar um projeto até a próxima semana. Entretanto, o presidente do Senado convocou os governadores para ouvir suas sugestões e apresentar seus pontos de vista. Caiado ressaltou que Pacheco deve encaminhar uma proposta que seja compatível com o crescimento dos estados em breve.

Segurança
Durante o almoço, o Chefe do Executivo goiano discutiu também a possibilidade de uma contrapartida financeira às UFs por ações de segurança pública. “Estamos diante de uma luta contra a criminalidade em que assumimos o trabalho sozinhos”, argumentou Caiado, ao lembrar que os estados combatem diretamente crimes federais e não recebem compensação pela atuação das forças policiais. Além disso, os governadores colocaram em pauta a possibilidade de federalização de ativos dos estados.

Fotos: Cristiano Borges / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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