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Anatel, parlamentares e entidades discutem desafios do leilão do 5G

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Parlamentares e representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), do setor empresarial da área de redes e dos trabalhadores discutiram hoje (25) os desafios do leilão para a exploração de serviços de conectividade móvel da tecnologia 5G. O debate foi promovido pela Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (FenInfra).

O conselheiro da Anatel Carlos Baigorri informou que a minuta do edital aprovada pela agência está em análise pelo Tribunal de Contas da União e que hoje termina o prazo para os esclarecimentos que a área técnica do tribunal pode fazer à Anatel.

Baigorri acrescentou que a expectativa é que “em semanas” o processo poderá ser enviado ao relator no TCU para que, em seguida, seja apreciado pelo conjunto da diretoria colegiada do tribunal. A decisão poderá aceitar a minuta, rejeitá-la ou apresentar recomendações à Anatel.

Após o acórdão do TCU, a agência tem 30 dias para ajustar a minuta, caso o tribunal emita recomendações de mudanças. De acordo com Baigorri, esse prazo pode ser maior se as orientações forem mais profundas.

“Depende do tamanho dos ajustes que forem apresentados pelo TCU. Se forem pontuais será mais rápido. Se envolver novas quantificações e questões estruturais isso pode exigir até mais tempo. Se houver mudanças significativas não se pode afastar a possibilidade de uma nova consulta pública”, disse.

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), da comissão da Câmara dos Deputados que acompanha o debate do 5G, apresentou preocupações sobre os valores a serem arrecadados pelo leilão. Ela comparou o Brasil à Itália. Enquanto aqui a previsão é que o leilão custe R$ 35 bilhões, no país europeu ele envolveu custos de € 20 bilhões, o que equivale a quase R$ 120 bilhões, em um país de população menor.  

“Preocupação é que esses valores não fiquem no Estado, mas se transfiram em investimento. Temos hoje dois Brasis, um que tem uma internet melhor e outro que não tem internet nenhuma. Podemos ter um pedaço do Brasil que terá o 5G. Penso que o governo brasileiro e a Anatel não estão com a visão que o Brasil precisa ter ao tratar da necessidade de fazer com que o 5G seja seguro, universal e garanta a soberania nacional” avaliou.

Vivien Suruagy, da FenInfra, colocou preocupações com os prazos estabelecidos e a posição do setor sobre o que considerou serem muitas obrigações às empresas que irão explorar os serviços a partir da tecnologia do 5G previstas na minuta da Anatel.

“Vamos ter que conectar todas as cidades com fibra óptica em municípios não atendidos nas regiões Norte e Nordeste. Vamos ter obrigação de colocar 4G em 27 mil quilômetros de rodovias. Vamos ter que instalar redes 4G em municípios com menos de 3 mil habitantes até 2026. Vamos ter que instalar 5G em todas as capitais”, exemplificou.

O presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores e Pesquisadores em Serviços de Telecomunicações, João de Moura, chamou a atenção para a importância de considerar a situação dos trabalhadores das empresas que atuam no setor.

“Sabemos que tecnologia é desejada por todos nós, mas sabemos que ela desemprega. Não podemos deixar os trabalhadores que serão impactados órfãos dos seus empregos por conta dessa modernização. Temos quantitativo grande de trabalhadores que não pode ser menosprezado”, pontuou.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Confira estados e municípios contemplados na seleção do Minha Casa, Minha Vida Rural e Entidades

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Foram selecionadas 37 mil unidades habitacionais na modalidade Entidades e 75 mil na Rural

Confira o resultado das seleções de duas modalidades do Minha Casa Minha Vida: Entidades e Rural, anunciado nesta quarta-feira, 10 de abril, em evento no Palácio do Planalto. As modalidades têm por objetivo oferecer moradia para a população urbana organizada e para agricultores familiares, povos indígenas, integrantes de comunidades remanescentes de quilombos rurais e povos e comunidades tradicionais residentes em áreas rurais.

As Seleções do MCMV Entidades e Rural foram realizadas por meio das portarias MCID Nº 743, de 20 de junho de 2023 e MCID nº 862, de 4 de julho de 2023. Entidades organizadas de Movimentos Sociais, prefeituras e governos estaduais enviaram propostas que foram analisadas e selecionadas de acordo com os critérios previstos nas portarias de seleção.

 

Principais números do Minha Casa, Minha Vida

Foram selecionadas 37 mil unidades habitacionais na modalidade MCMV Entidades com investimentos totais previstos de R$ 6 bilhões. Na modalidade MCMV Rural a seleção contempla 75 mil unidades habitacionais com investimentos totais previstos de R$ 5,6 bilhões.

 

ENTIDADES –  A modalidade concede financiamento subsidiado a pessoas físicas para produção de unidades habitacionais para famílias residentes em áreas urbanas. As entidades devem estar organizadas por meio de entidades privadas sem fins lucrativos. É realizado com recursos do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS).

RURAL – Subsidia a produção ou a melhoria de unidades habitacionais para agricultores familiares, trabalhadores rurais e famílias residentes em área rural. O programa pode ser acessado em duas modalidades: subsidiado e financiado. A modalidade subsidiada, objeto desta seleção, é operada com recursos do Orçamento Geral da União. O MCMV Entidades atende famílias com renda mensal de até R$ 4.400,00 em áreas urbanas; e o MCMV Rural – Faixa 1, objeto da presente seleção, atende famílias com renda anual de até R$ 31.680,00, em áreas rurais.

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